Senado celebra 200 anos com espetáculo musical conduzido por João Carlos Martins — Rádio Senado
Senado 200 Anos

Senado celebra 200 anos com espetáculo musical conduzido por João Carlos Martins

O espetáculo "Senado 200 anos: uma jornada histórica rumo ao futuro” marcou com música as comemorações do bicentenário do Senado. A produção foi de Jorge Takla e a regência do grande maestro brasileiro João Carlos Martins, acompanhado pelo maestro Edson Beltrami e pela Orquestra Bachiana Jovem Sesi-SP, que se apresentou pela primeira vez ao público. O evento, multimídia, contou com telões que narraram a história do Senado e mostraram a arte como instrumento da democracia.

25/03/2024, 21h45 - ATUALIZADO EM 26/03/2024, 08h34
Duração de áudio: 02:42

Transcrição
UM CONCERTO CONDUZIDO PELO MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS, UM DOS REGENTES MAIS ACLAMADOS DO MUNDO, MARCOU AS COMEMORAÇÕES PELOS DUZENTOS ANOS DO SENADO NESTA SEGUNDA-FEIRA. MARTINS, QUE SE DESPEDE DOS PALCOS NO ANO QUE VEM, FALOU COM OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DO SENADO ANTES DA APRESENTAÇÃO. REPÓRTER MARCELA CUNHA. O espetáculo multimídia "Senado 200 anos: uma jornada histórica rumo ao futuro”, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, contou a história do Senado através da música clássica e da arte visual, em um espetáculo dirigido por Jorge Takla, um dos grandes nomes na produção de óperas e musicais da América do Sul. Nos telões, imagens da história do Senado levaram o público a uma viagem musical comandada pelo maestro João Carlos Martins, considerado um dos maiores intérpretes de Bach da atualidade. No repertório, Martins destacou nomes como Tom Jobim, Villa Lobos e Carlos Gomes.  (João Carlos Martins): "Nós privilegiamos os dois compositores que são mais famosos no exterior, que são Carlos Gomes e Villa Lobos. Além de Lourenço Fernandes, pelo seu batuque, porque o batuque representa o ritmo brasileiro. E depois música de bom gosto. A imigração através de Portugal e da Itália. Tom Jobim não podia ter, e Chico Buarque. E no final, como paulista, uma homenagem de São Paulo ao Senado com Adoniran Barbosa e o Trem das Onze." A regência ficou por conta de João Carlos Martins, acompanhado do maestro Edson Beltrami, e marcou a estreia da Orquestra Bachiana Jovem Sesi-SP. Nesta união de tradição e inovação, os músicos executaram obras que representam o Brasil e festejam a diversidade cultural e a arte como instrumento de conscientização para a democracia: Me senti honrado por terem escohido a música clássica para essa celebração. Adrenalina pura. Qual que é a missão de um artista? É transmitir emoção. É procurar que o público saia com lágrimas nos olhos e um sorriso nos lábios. Martins destacou, ainda, que sua despedida dos palcos já está marcado para o próximo ano, em Londres, após 75 anos de carreira. Agora, ele pretende se dedicar ao ensino de música erudita. Foram só 4.800 apresentações até hoje e 75 anos de carreira, comecei como pianista aos 8 anos, de maestro aos 63 anos. No ano que vem, faço minha despedida nos palcos do Carnegie Hall aos 85 e aí começo minha carreira de educador musical. João Carlos Martins é pianista e chegou a gravar a obra completa de Bach. Após perder o movimento dos dedos em um acidente, ele precisou se aposentar dos pianos, e se concentrar na regência. Foram mais de 20 cirurgias, até que o uso de luvas biônicas o permitiu tocar novamente. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

Ao vivo
00:0000:00