Senado debate atuação das mulheres na produção de alimentos e na política

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A COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA DEBATEU A ATUAÇÃO DAS MULHERES RURAIS NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E NA POLÍTICA. AS PARTICIPANTES DEFENDERAM MAIOR PARTICIPAÇÃO FEMININA NOS ESPAÇOS DE PODER. REPÓRTER BIANCA MINGOTE: O debate na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária sobre a atuação de mulheres rurais da produção à política foi pedido pela senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, e apoiado por outras senadoras. Teresa Leitão avaliou que há conquistas a serem celebradas, mas que ainda é preciso avançar em discussões para combater as desigualdades. A parlamentar destacou, ainda, o papel feminino nos movimentos sociais. (Teresa Leitão): "A presença das mulheres rurais nos movimentos sociais ao tempo em que promove seu reconhecimento como sujeito político, também propicia a valorização da participação e da organização dessas mulheres na produção e na política." Mazé Morais, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Contag, e coordenadora da Marcha das Margaridas, citou a desvalorização do trabalho entre os desafios enfrentados no cotidiano pelas produtoras rurais. E falou, também, sobre as dificuldades que as mulheres em geral enfrentam para serem eleitas e terem voz ativa nas decisões políticas. Mazé Morais defendeu maior participação feminina nos espaços de poder. Mazé Morais (Contag): "Nós, mulheres agricultoras familiares, de fato acreditamos que podemos mudar a política e o jeito de fazer a política, porque nós estamos nos territórios, nas comunidades e temos condições de ampliar a comunicação com o nosso povo a partir da escuta. Nós podemos fazer diferença na construção de um novo entendimento do que é a política. Fazer as pessoas entenderem que a política é o preço do alimento, o preço do transporte." Maíra Coraci Diniz, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, destacou a importância da participação social de mulheres trabalhadoras rurais na construção de políticas públicas no Brasil. Ela mencionou como exemplo dessa atuação um decreto de 2023 que prevê pontuação diferenciada para famílias chefiadas por mulheres na hora de concorrer a um lote de assentamento. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Bianca Mingote.