Relatório da COP 28 sugere transição energética e abandono de combustíveis fósseis. Brasil se prepara para COP 30 — Rádio Senado
Desenvolvimento sustentável

Relatório da COP 28 sugere transição energética e abandono de combustíveis fósseis. Brasil se prepara para COP 30

No último dia da COP 28, foi divulgado o documento final da Conferência, negociado entre 195 países. O acordo menciona que o países devem fazer a transição dos combustíveis fósseis até 2050. Também propõe que seja triplicada a capacidade de energia renovável a nível mundial até 2030. Mas não especifica como a mudança deve ser feita nem quais recursos financeiros serão utilizados. Apesar disso, a ministra Marina Silva elogiou a declaração, ponderando que, até o momento, os países não conseguiram cumprir ações efetivas para limitar o aquecimento até 1.5C. Na COP 28, também foi feito o anúncio oficial de que o Brasil sediará a COP 30, em 2025. Senadores paraenses informam suas expectativas positivas sobre o evento no estado amazônico.

13/12/2023, 20h00 - ATUALIZADO EM 13/12/2023, 20h02
Duração de áudio: 03:39
www.cop28.com

Transcrição
A PRESIDÊNCIA DA COP 28 DIVULGOU O RELATÓRIO FINAL DA CONFERÊNCIA NESTA QUARTA-FEIRA. APÓS 12 DIAS INTENSOS DE TRABALHO, O DOCUMENTO NEGOCIADO COM AUTORIDADES DOS 195 PAÍSES CITA A NECESSIDADE DE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E ABANDONO DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS ATÉ 2050. E O BRASIL FOI CONFIRMADO COMO SEDE DA COP 30, QUE VAI OCORRER EM 2025, NA CIDADE DE BELÉM, NO PARÁ. DETALHES, COM A REPÓRTER PAULA GROBA: Em um apelo considerado histórico, representantes de 195 países citaram no documento final da COP 28 a transição energética, que deve ser triplicada até 2030 pelas nações, e concordaram em mencionar, pela primeira vez, uma declaração sobre o abandono dos combustíveis fósseis, principais responsáveis pelo aquecimento do planeta. Ao citar que a transição das energias que provocaram o aquecimento do planeta deve ser acelerada “nesta década crucial", o texto foi considerado por ambientalistas e pela comitiva brasileira como um avanço. Mas, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o balanço global anunciado na COP mostra que o que alcançamos até aqui não foi suficiente.  E trabalhamos para que saíssemos daqui com as bases para viabilizar essa suficiência. Uma coisa muito importante foi o alinhamento em relação a 1.5. Essa é a base de todos os esforços que terão de ser feitos a partir de agora para atendermos aquilo que diz a ciência. Uma outra questão igualmente importante é o fato que estabeleceu-se uma transição para o fim do uso de combustível fóssil. Então, isso é algo que precisa ser devidamente alinhado à ideia de uma transição justa, porque o Brasil trabalhou até o último minuto para que ficasse muito claro que os países desenvolvidos deveriam tomar essa dianteira.  Outra definição importante confirmada na COP 28 de Dubai foi a confirmação oficial do Brasil como sede da COP 30, em 2025 que será realizada em Belém, no Pará. Integrante da comitiva parlamentar presente na COP 28, o senador Beto Faro, do PT paraense, afirma que, acima de tudo, o evento deixará um legado para o mundo e para o estado do Pará: Todos nós estamos numa expectativa positiva, vamos fazer uma COP participativa, inclusiva, com movimentos sociais e entidades participando com muito mais força muito mais até que em Dubai. Na avaliação do senador Zequinha Marinho, do PL do Pará, o que realmente  interessa para o debate na COP 30 são as ações efetivas para reduzir o consumo de combustíveis fósseis, que mais poluem a atmosfera: Eu espero que a COP 30 não foque apenas na questão florestal, mas olhe para outros aspectos também, por exemplo o consumo de combustíveis fósseis, que é pior do que o desmatamento.  Já o senador Jader Barbalho, do MDB do Pará, disse que um estado brasileiro sediar a COP será importante não só para o Brasil, mas para o mundo, porque a Amazônia concentra 20% da biodiversidade do planeta. Um evento da maior importância para a sociedade mundial, porque vão discutir, nesse encontro, a biodiversidade amazônica, o clima da Amazônia, enfim, o patrimônio, que não é só do povo brasileiro, mas um patrimônio da humanidade Segundo a ministra Marina Silva, o governo brasileiro, já de olho na COP 30, vai buscar avanços no financiamento climático para garantir uma transição energética justa. A COP 29, no ano que vem será realizada no Azerbaijão. Dá Rádio Senado, Paula Groba 

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