Especialistas dizem que informação pode ajudar a prevenir casos acidentais de dopagem — Rádio Senado
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Especialistas dizem que informação pode ajudar a prevenir casos acidentais de dopagem

Os especialistas presentes na audiência pública da Comissão de Esporte desta quarta-feira (25) defenderam mais conscientização e informação para evitar os casos acidentais de dopagem. Já os senadores querem aumentar a proteção para os atletas que agem sem intenção de serem desleais nas competições esportivas.

25/10/2023, 18h56 - ATUALIZADO EM 25/10/2023, 21h31
Duração de áudio: 03:25
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
ESPECIALISTAS NA AUDIÊNCIA DA COMISSÃO DE ESPORTE DEFENDERAM MAIS EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA EVITAR CASOS ACIDENTAIS DE DOPAGEM. SENADORES QUEREM AUMENTAR A PROTEÇÃO PARA OS ATLETAS QUE AGEM SEM INTENÇÃO DE SEREM DESLEAIS NAS COMPETIÇÕES ESPORTIVAS. REPÓRTER: FLORIANO FILHO. O doping no esporte é o uso de substâncias e drogas, legais ou ilegais, para melhorar o desempenho do atleta. Além de ser uma prática desleal e antiesportiva, pode até colocar em risco a vida do competidor. O assunto é debatido internacionalmente, sobretudo quando acontecem megaeventos esportivos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Os testes antidoping têm se tornado cada vez mais precisos e rigosos por parte de instituições como o Comitê Olímpico Internacional. Em 1999, o COI criou a Agência Mundial Antidopagem e adotou Código Mundial Antidoping, contendo uma lista de substâncias proibidas. Entre elas estão anabolizantes, hormônios, betabloqueadores, estimulantes e diuréticos. A Comissão de Esporte do Senado debateu essas questões no contexto das dificuldades e soluções para o combate ao doping. O advogado especializado em direito desportivo, Marcelo Franklin, ressalvou que em vários casos, não há intenção do atleta em se dopar. Além do possível desconhecimento, existem suplementos vendidos em lojas de produtos esportivos, por exemplo, que podem estar contaminados por substâncias proibidas. É um sistema rigorosíssimo. E tem uma série de estudos apontando que é muito comum o dopping acidental. Então esses dois que eu trouxe, tem a menção aqui de 25,8% dos suplementos hoje em dia são contaminados. Segundo Cristiane Vera de Araújo, da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem no Ministério do Esporte, a educação é o melhor caminho para enfrentar o problema e evitar a dopagem acidental. Como o orçamento da ABCD é bastante limitado, o órgão tem assinado convênios com instituições de ensino ligadas às várias modalidades de esporte.  Nós terminamos agora, no dia 20 de outubro, uma parceria com a Universidade Federal de Santa Maria, onde, em algumas disciplinas, dentre elas, quatro disciplinas, a educação antidopagem, abordando os prejuízos, os riscos do uso de anabolizantes. O senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, que no passado representou, como advogado, diferentes atletas ou clubes, acredita que o exagerado rigor dos testes antidopping pode acabar causando injustiças. Aqui no Brasil, eu ouso dizer, posso estar enganado espero, até depois me corrijam, mas acredito que a maioria é não intencional. O senador Romário, também do PL do Rio de Janeiro, condenou o doping de má-fé, que vai contra o trabalho duro e o espírito esportivo que devem nortear as competições no Brasil e no exterior. Por outro lado, precisamos proteger os atletas do bem, os esportistas de boa fé das pequenas armadilhas que se escondem no dia a dia de uma alimentação ou suplementação não controlada. Ou até mesmo de uma medicação com componentes ocultos ou desconhecidos. A lista completa das substâncias proibidas que podem levar a sanções por dopagem está disponível na internet pelo site da Agência Mundial Antidopagem. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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