Discussão do novo Plano Nacional de Educação
Presidida pelo senador Flávio Arns (PSB-PR), a Comissão de Educação (CE) realizou mais uma audiência pública interativa para discutir o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que vai definir as metas do setor para a próxima década. Participaram do debate desta segunda-feira representantes dos trabalhadores da educação e dos estudantes. Dentre os assuntos discutidos estão a assistência financeira para os alunos que precisam trabalhar e a formação profissional dos demais trabalhadores do setor, como porteiros e merendeiras.
Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO REALIZOU MAIS UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR O NOVO PLANO NACIONAL DE ENSINO.
PARTICIPARAM DO DEBATE OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO E OS ESTUDANTES. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA.
A Comissão de Educação está discutindo em diversas audiências públicas o novo Plano Nacional de Ensino, que define metas de iniciativas educacionais para o período dos próximos dez anos. O senador Flavio Arns, do PSB do Paraná, ressaltou que o plano precisa investir no acesso à escola e em programas para buscar quem está fora da sala de aula.
Tem que ter acesso a escola, inclusive com programas de busca ativa de estudantes. Buscar os alunos e incentivar os alunos, achar mecanismos para que as crianças e jovens e adolescentes vão para a escola. Transporte escolar, de barco ou ônibus, o acesso e permanência na escola.
A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Jade Beatriz, destacou o desafio de quem precisa conciliar estudo e trabalho. Para isso, defendeu uma assistência financeira estudantil para garantir a permanência dos alunos nas escolas.
A gente tem um grande desafio, que é conseguir fazer com que os estudantes que estão no mundo do trabalho consigam permanecer dentro da escola. Então a gente faz justamente essa análise de que o ensino em tempo integral é extremamente importante e cumpre uma tarefa de conseguir manter o estudante de escola pública mais tempo na escola. Só que existe uma necessidade da permanência desses estudantes dentro da escola. Então, a gente fala muito sobre o que é a volta do bolsa escola e do que é inclusive uma bolsa de assistência estudantil do ensino básico para a garantia desses estudantes dentro da sala de aula.
Já o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Manoel Gomes, defendeu que o plano trate da formação dos demais profissionais da educação, a exemplo dos porteiros, merendeiras e faxineiras. Para ele, essas categorias precisam ser valorizadas e ter direitos concretos.
Todo aquele grupo de pessoas que são trabalhadoras e trabalhadores que atuam na escola pública municipal, estadual e federal são trabalhadores e trabalhadoras de educação que se juntam na nossa confederação, que é a CNTE, que nós entendemos que a formação cidadã dos nossos estudantes começa com o porteiro da escola. E ao começar com ele, ele tem que ser um profissional da educação, ele tem que ter curso na área da educação, ele tem que ser concursado, ele tem que ter o piso salarial, ele tem que ter a carreira profissional. É essa valorização que não reivindicamos historicamente.
A Comissão de Educação ainda fará novas audiências públicas para continuar o debate sobre o Plano Nacional de Educação. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Carol Teixeira.