Projeto que prevê ampliação de fontes renováveis na matriz energética brasileira segue para Câmara

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A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA DEVERÁ INCLUIR CADA VEZ MAIS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS. É O QUE PREVÊ UM PROJETO DE LEI APROVADO PELO SENADO, QUE SEGUIU PARA ANÁLISE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. A proposta altera a Política Nacional sobre Mudança do Clima para incluir entre os objetivos de políticas públicas a ampliação de energia limpa na matriz energética brasileira. Para aumentar a oferta de energia com base em fontes renováveis, o projeto recomenda a adoção de tecnologias de baixo impacto de carbono, mais eficiência energética, redução do uso de combustíveis fósseis, bem como incentiva a competitividade para implantação de energias limpas. A proposta original do ex-senador Cristovam Buarque determinava que, até 2040, a matriz brasileira tivesse, pelo menos, 60% de fontes renováveis. Mas o relator na Comissão de Infraestrutura, senador Lasier Martins, do Podemos gaúcho, considerou a meta ousada. Assim, a definição de objetivos ficará a cargo da Empresa de Pesquisa Energética, que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia e elabora o Plano Nacional de Energia. Para Lasier, a adoção de energia limpa vai gerar crescimento econômico. Constituirá poderoso estímulo aos investidores, inclusive estrangeiros, que quiserem entrar nesse mercado ou ampliar os empreendimentos existentes. Para o país, a ampliação do mercado de energias renováveis, com maior consumo e produção, trará enormes vantagens. Serão criados mais empregos, haverá maior absorção de tecnologia, áreas mais isoladas serão dinamizadas graças ao acesso maior e mais barato à energia, sem falar no importante impacto quanto à redução de emissão de carbono e de poluição. O senador Fabiano Contarato, do PT capixaba, chegou a apresentar um texto alternativo para recuperar a meta original de 60%, que na avaliação dele, além de ser possível de alcançar, é necessária. Como o relatório de Lasier foi aprovado, a proposta de Contarato não foi votada. O projeto seguiu para análise da Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.