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Quem são os heróis e as heroínas do Brasil
Um "reinado" mundial no futebol, a extraordinária marca de 1.283 gols e um carisma inigualável dentro e fora do campo podem criar um novo herói da pátria. A homenagem a Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, consta de dois projetos que perpetuam a memória do ex-jogador, morto em dezembro de 2022, aos 82 anos.
— Dono de um talento raro, Pelé quebrou recordes, ganhou reconhecimento nacional e internacional e se transformou no maior nome da história do esporte mais popular do mundo. Foi reconhecido como o atleta do século 20 pelo Comitê Olímpico Internacional e foi o brasileiro que mais projetou o nome do Brasil no planeta Terra — disse o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), autor do PL 78/2023, uma das propostas de tributo ao ex-futebolista.
Para o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), autor do PL 75/2023, que também homenageia Pelé, a justificativa para tornar o jogador um herói da pátria é “a altura alcançada por sua arte de jogar futebol, que transcendeu o esporte mais popular no Brasil, levando o nome do nosso país para o mundo inteiro”.
Herói ou heroína da pátria é um título dado a personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou na construção do país. O nome é registrado no Livro de Aço — que de fato é formado por páginas de aço — abrigado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Criado em 1992, o livro reúne protagonistas da liberdade e da democracia, que ofereceram sua vida ao país em algum momento da história. A inscrição de um novo personagem depende de algumas regras. A principal é que o Senado e a Câmara aprovem uma lei com o título.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), e Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), primeiro presidente do Brasil, foram os primeiros nomes inscritos no Livro de Aço. A Lei 7.919, de 1989, foi aprovada nas celebrações do bicentenário da Inconfidência Mineira (1792) e do centenário da Proclamação da República (1889).
Só 20 anos depois, com a Lei 12.105, de 2009, o livro recebeu o nome de uma mulher: Anna Nery (1814-1880), pioneira e patrona da enfermagem no Brasil. Ficou conhecida como "a mãe dos brasileiros", que voluntariamente acompanhou os filhos e o irmão na Guerra do Paraguai (1864-1870), onde prestou serviços nos hospitais militares e até em frentes de batalha.
Em 2012, outra personagem feminina foi agraciada com o título (Lei 12.615, de 2012): Anita Garibaldi (1821-1849), heroína da Guerra dos Farrapos (1835-1845).
Uma nova norma, a Lei 13.433, de 2017, acrescentou duas novidades ao livro. A primeira foi inscrever o nome da estilista Zuzu Angel (1921-1976), que na década de 1970 utilizou desfiles de moda para denunciar a ditadura militar — responsável por torturar e assassinar seu filho Stuart Angel Jones e por provocar um acidente de carro que a matou, em 1976. A lei também deu ao compêndio seu nome definitivo: Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
— Por certo, essa necessidade ou anseio por valorizar a atuação das mulheres [heroínas], explicitando o feminino encoberto no plural masculino, reflete uma tendência da sociedade, que o Legislativo foi capaz de perceber e inserir no corpo jurídico — explica o consultor legislativo do Senado Francisco José Coelho Saraiva, especialista em cultura.
O Livro de Aço é regulamentado pela Lei 11.597, de 2007, que nasceu do PLS 99/2005, do então senador Marco Maciel. A intenção da proposta foi dar respaldo legal ao livro, pois até então não havia critérios definidos para a concessão do título de herói da pátria.
Durante a análise do projeto de Maciel na Comissão de Educação (CE), a então relatora, Lúcia Vânia, destacou a necessidade de criação de diretrizes e regras para prestar tributos aos heróis e heroínas.
"É indiscutível que a ausência de critérios vulnera a importância da concessão da homenagem. A lacuna normativa, ora observada nas inscrições, expõe a alta honraria ao risco de banalização, contrariando o princípio da excepcionalidade que, sem dúvida, deve nortear a inscrição no livro, onde já figuram vultos da estatura histórica de Tiradentes, Zumbi dos Palmares e D. Pedro I", afirmava o relatório.
Na proposta original ficou definido também que a homenagem só poderia ocorrer após o prazo de 50 anos da morte do personagem. No entanto, a Lei 13.229 , de 2015, reduziu para 10 anos o prazo mínimo para o tributo, com ressalva aos brasileiros mortos em combate, que podem ser homenageados sem o transcurso desse prazo.
A mesma lei de 2015 incluiu no livro o nome de Leonel Brizola (1922-2004), que liderou a Campanha da Legalidade — mobilização civil e militar, em 1961, para garantir a posse do vice, João Goulart, como presidente da República, após a renúncia de Jânio Quadros (1917-1992). Brizola foi líder trabalhista, político e governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.
Em entrevista à Agência Senado, Ian Ferraz, da equipe que administra o panteão, explicou a relevância do Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
— O livro é um patrimônio material que, entretanto, centraliza a imaterialidade do valor dos heróis que estão ali inscritos. Sendo, portanto, de suma importância para que os exemplos desses heróis e heroínas sejam conhecidos pelo seu povo — disse.
Para Saraiva, a existência de heróis e heroínas enriquece social e culturalmente o país.
— Considerando, um tanto provocativamente, a frase do dramaturgo alemão Bertold Brecht: “Pobre do país que precisa de heróis”, parece-nos que mais pobre ainda seria o país que não tivesse pessoas que se destacaram por sua atuação em diversos setores da vida social, para servir de referência como exemplos de dedicação ao país e à sociedade, inclusive para serem questionados, criticados — opinou o consultor.
Até março de 2023, 64 títulos foram inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, sendo 51 homens e 13 mulheres. No entanto, o número de personalidades agraciadas é maior: 75 nomes, que dividem-se entre 11 militares, 11 escritores ou intelectuais e 35 revolucionários. Também estão inscritos 11 políticos, 2 enfermeiros, 2 inventores, 2 músicos e 1 imperador. A diferença de números se dá porque, na contagem oficial, os personagens de grupos são resumidos em um nome só, ou seja, um título para a Conjuração Baiana (1798), conspiração separatista e republicana, um participante da Revolução Constitucionalista de 1932, movimento armado liderado por São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas e pela defesa de uma nova constituição, um nome para a Insurreição Pernambucana (1645-1654) e um nome para os Soldados de Borracha (1943-1945), grupo de mais de 55 mil brasileiros levados para a Amazônia com o objetivo de extrair borracha para os Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O último nome incluído no livro foi o de Antonieta de Barros. Jornalista, professora e política, nasceu em Florianópolis em 1901 e é conhecida como a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil. Antonieta tornou-se heroína pela Lei 14.518, de 2023.
— Sua atuação política foi marcada predominantemente pela defesa do magistério, atividade da qual nunca se afastou, com propostas que visavam garantir concursos públicos para os cargos de professor, reduzir a influência política na escolha de diretores escolares e ampliar o acesso ao ensino superior para alunos carentes por meio da oferta de bolsas de estudos — afirmou o senador Flávio Arns (PSB-PR), em dezembro de 2022, ao relatar a proposta na CE.
Para o senador, o Livro de Heróis e Heroínas da Pátria é importante por ressaltar trajetórias de brasileiros que marcaram a história do país.
— O registro de nossos heróis e heroínas é fundamental para a preservação da memória sobre nosso passado. Ao mesmo tempo, é uma forma de reconhecer os valores defendidos por esses personagens, que se destacaram na luta por liberdade, democracia, cidadania e defesa do nosso país. Imortalizar essas personalidades significa tornar perene seus exemplos, como referência que devemos seguir no tempo presente e pelas futuras gerações — disse o senador à Agência Senado.
Atualmente o Senado analisa 15 projetos para inserir nomes no livro. Outros dois foram aprovados no dia 15 de março em decisão terminativa na Comissão da Educação (CE) e seguiram para a Câmara dos Deputados.
O nome mais recente aprovado na Casa, e que aguarda sanção, foi o de Zilda Arns (1934-2010). Médica e fundadora da Pastoral da Criança, foi indicada três vezes ao Prêmio Nobel da Paz e morreu vítima de um terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, quando fazia palestra em uma igreja, durante missão humanitária no país. Relatora do PL 1.937/2019, a senadora professora Dorinha (União-TO) ressaltou a biografia da homenageada.
"A biografia de Zilda Arns revela a mais profunda e coerente dedicação ao próximo, começando pelas pequeninas e pelos pequeninos, para os quais levou, desconhecendo fronteiras, um tipo de atendimento que mobilizava a boa vontade dos voluntários, por meio de uma orientação inteligente e sensível, capaz de transformar vidas", disse a relatora na Comissão de Educação.
Para Dorinha, o registro de heróis e heroínas no livro é fundamental para a memória do país e para o estímulo do conhecimento sobre os homenageados.
— Um dos grandes desafios da memória do país é o registro, pois esse permite a socialização da informação, a contribuição com a mudança de pensamento e cultura. O Livro de Aço é um material que fica disponível para pesquisas, estudos, além da homenagem que é muito importante ao reconhecer o trabalho e a história do país, em diferentes representações — disse a senadora à Agência Senado.
Também aprovado na CE, o PL 3.493/2021 inscreve no Livro de Aço os Lanceiros Negros. O projeto, que agora segue para a Câmara dos Deputados, consagra os guerreiros escravizados que tiveram importante atuação na Guerra dos Farrapos.
— Ainda que desconhecida para muitos brasileiros, a história dos Lanceiros Negros e de seus ideais merece ser exaltada. Não há dúvida, que a homenagem ora proposta é justa e meritória, e inscrever o nome desses mártires no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um ato nobre de reconhecimento de sua importância — disse a senadora Teresa Leitão (PT-PE), relatora do projeto, na Comissão de Educação (CE).
O autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS), defende que a sociedade brasileira tenha maior oportunidade de conhecimento sobre os homenageados do livro.
— Estimular o acesso ao memorial cívico [Panteão] por meio das escolas, secretarias de educação, de cultura, dos Ministérios do Turismo e da Educação e de toda sociedade é essencial para dar visibilidade a essa importante ferramenta de consciência histórica e cultural. Como contribuição [ao livro], apresentei projetos para garantir que lideranças como Maria Beatriz Nascimento, João Cândido e os Lanceiros Negros fossem lembrados pelo Estado brasileiro e por nosso povo, tão carente da memória nacional — afirmou Paim à Agência Senado.
Outros projetos em análise são o PL 1.685/2022, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que homenageia o indigenista Bruno Araújo Pereira (1980-2022) e o jornalista britânico Dom Phillips (1964-2022), assassinados durante uma emboscada no Vale do Javari (AM), e o PL 1683/2022, do então senador Paulo Rocha, também dedicado a Bruno Pereira.
Tramita ainda o PL 2.526/2022 para homenagear Abdias do Nascimento (1914-2011), apresentado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI). Abdias foi senador e tornou-se referência na luta pela igualdade racial, além de se destacar como cientista social e como autor de trabalhos que tratam da temática afro-brasileira.
Já o PL 3.903/2021, apresentado por Mara Gabrilli (PSDB-SP), inscreve no livro o nome de Dorina Nowill (1919-2010). Cega desde os 17 anos de idade, ela se destacou na luta pela inclusão social e pela acessibilidade das pessoas com deficiência. O Senado possui um prêmio — Comenda Dorina de Gouvêa Nowill — dado a personalidades que tenham oferecido contribuição relevante à defesa das pessoas com deficiência no Brasil.
Outros projetos como o PL 428/2021, de Confúcio Moura (MDB-RO), homenageia o líder republicado, ex-senador e ex-governador do Pará Lauro Sodré (1858-1944); o PL 761/2022, de Eliziane Gama (PSD-MA), inscreve a médica e professora Maria Aragão (1910-1991); o PL 477/2023, de Paulo Paim, indica o nome do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012); e o PL 3.863/2020, de Veneziano Vital do Rêgo, inclui no livro o nome do romancista, poeta, político e pintor acadêmico Pedro Américo.
Com o aumento do número de nomes inscritos no Livro de Aço, o técnico de atividades culturais do Panteão da Pátria e da Liberdade Ricardo Machado acredita que será necessário buscar uma solução para abrigar os novos heróis e heroínas.
— Estamos buscando uma solução para a inscrição dos demais heróis escolhidos pelos congressistas tendo em vista que existem cada vez mais homenageados e está se tornando inviável o acréscimo de mais chapas de aço ao livro. Porém não existe nada definido — disse Ricardo.
Apresentado pela CPI da Pandemia, o PL 3.820/2021, presta homenagem aos profissionais de saúde que atuaram "com dedicação e heroísmo no enfrentamento da pandemia de covid-19". O texto já foi aprovado no Senado e tramita na Câmara. Se a lei for sancionada, o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves abrigará também o Livro dos Heróis e Heroínas da Pandemia de Covid-19.
O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves foi inaugurado em 7 de setembro de 1986. Quando Niemeyer iniciou o planejamento, o principal objetivo era que o monumento se integrasse à Praça dos Três Poderes.
No primeiro pavimento do panteão, nível solo, funciona a parte administrativa do Centro Cultural Três Poderes. No segundo pavimento, está o “Mural da Liberdade”, de Athos Bulcão, que faz referência à Inconfidência Mineira e a bandeira de Minas Gerais. Também estão presentes, desde 2012, bustos e documentos [réplicas e originais] que contam a história de vida pessoal e política de Tancredo Neves. No terceiro pavimento, chamado Salão Negro, há um busto do Almirante Tamandaré e a obra “O Vitral e o Pássaro”, de Marianne Peretti, que auxilia na iluminação.
Outra obra presente é o painel que conta a história da Inconfidência Mineira, executada por João Câmara Filho. No mesmo salão encontra-se a obra “O Negro”, também de Marianne Peretti, que guarda o Livro de Aço dos Heróis Nacionais. O livro pode ser tocado pelos visitantes e as páginas passadas para ler os nomes e pequenas biografias dos homenageados.
Para Ian Alencar, o panteão reflete a diversidade cultural brasileira.
— O devido reconhecimento do Panteão da Pátria e da Liberdade perpassa a questão da divulgação. Tem a ver, ou deveria ter, com o modo como ele é percebido, valorizado, cuidado e abraçado pela sociedade e pelos Poderes. Brasília é uma região de confluência. As diferentes culturas do Brasil se encontram em Brasília. A pluralidade de contextos e culturas que cercam os heróis e heroínas atua, em parte, na viva formação de uma cultura tipicamente brasileira, talvez sintetizada nesta confluência. — disse Alencar.
Para o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), é preciso divulgar mais o panteão, por sua importância para a história do Brasil e de Brasília.
— Muitos que moram aqui na capital sequer visitaram, uma única vez, esse memorial tão importante para a história de nosso país. Apesar da bela arquitetura e sua pira [da liberdade, que representa a chama da democracia] sempre acesa, os visitantes não chegam a ir até lá. Talvez por falta de informação. Creio que deveria ser mais divulgado — disse o senador à Agência Senado
Saraiva explica que o Panteão, além de homenagear os heróis e heroínas, serve como “símbolo da redemocratização do país” após a ditadura militar (1964-1985).
— Acrescentado pelo próprio Oscar Niemeyer ao conjunto de três palácios da Praça dos Três Poderes, inegável obra-prima arquitetônica que sedia o centro do poder nacional, mas em posição de menor destaque, o Panteão quer marcar o momento de uma refundação da República, com a esperança de que a pátria e a liberdade (vale dizer, a democracia) permaneçam sempre irmanadas — concluiu o consultor.
O panteão funciona regularmente de terças a sextas-feiras, das 9h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados das 9h às 17h.
(Lei 14.575, de 2023): Um dos mais importantes atletas brasileiros, bateu por cinco vezes o recorde mundial do salto triplo, conquistando a medalha de ouro em dois Jogos Olímpicos. Foi tricampeão nos Jogos Pan-Americanos e, por dez vezes, campeão brasileiro.
(Lei 13.697, de 2018): Heroína da guerra pela independência do Brasil, vestida de soldado alistou-se no batalhão de “Voluntários do Príncipe Dom Pedro” e participou das lutas, ao lado dos patriotas (BA).
(Lei 11.120, de 2005): Português, tornou-se militar no Brasil e comandou a Força Naval Brasileira na Batalha do Riachuelo, em 1865, durante a Guerra do Paraguai.
(Lei 12.701, de 2012): Ajudou as tropas luso-brasileiras na Insurreição Pernambucana, que expulsou os holandeses do Nordeste.
(Lei 12.615, de 2012): Guerreira, participou ativamente da Revolução Farroupilha, da Batalha dos Curitibanos no Brasil e também da Batalha de Gianicolo, na Itália. Por lutar nesses países foi nomeada “Heroína de Dois Mundos”.
(Lei 12.105, de 2009): Primeira mulher inscrita no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, foi a pioneira da enfermagem no Brasil, prestou serviços voluntários durante a Guerra do Paraguai e montou uma enfermaria-modelo em Assunção, mesmo com poucos recursos.
(Lei 13.423, de 2017): Voluntária que lutou na Guerra do Paraguai, vestida como um homem.
(Lei 14.518, de 2023): Jornalista, professora e política, foi a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil, estando entre as três primeiras mulheres eleitas na história do país. Filha de escrava liberta, Antonieta foi pioneira no combate à discriminação dos negros e das mulheres.
(Lei 12.430, de 2011): Manifestante que lutou para derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
(Lei 12.701, de 2012): Ajudou as tropas luso-brasileiras na Insurreição Pernambucana, que expulsou os holandeses do Nordeste.
(Lei 12.701, de 2012): Ajudou as tropas luso-brasileiras na Insurreição Pernambucana, que expulsou os holandeses do Nordeste.
(Lei 13.829, de 2019): Líder religioso que reuniu milhares de seguidores no arraial de Canudos e esteve à frente da resistência na “Guerra de Canudos”.
(Lei 12.502, de 2011): Advogado, político, jornalista e diplomata, foi responsável pela consolidação das atuais fronteiras do Brasil no século 20, conquistando com a diplomacia a garantia do território nacional.
(Lei 12.701, de 2012): Ajudou as tropas luso-brasileiras na Insurreição Pernambucana, que expulsou os holandeses do Nordeste.
(Lei 11.932, de 2009): Militar, recebeu seis condecorações de Dom Pedro II por ter atuado em batalhas como a Tomada do Payssandu, no Uruguai, durante a Guerra do Paraguai. É o patrono da infantaria brasileira.
(Lei 13.579, de 2017): Responsável pela criação da ópera "O Guarani" e músico desde os 10 anos de idade. Compôs outras óperas reconhecidas, como "O escravo" e "Hino a Camões".
(Lei Nº 10.952, de 2004): Ambientalista, sindicalista, seringueiro e símbolo da luta pela preservação da Floresta Amazônica. Foi assassinado em 1988, aos 44 anos de idade, por opositores à causa.
(Lei 13.422, de 2017): De etnia potiguar, lutou e liderou uma tropa feminina contra as invasões holandesas em meados do século 17.
(Lei 13.816, de 2019): Foi conselheira e parceira de Zumbi de Palmares na luta pela libertação do quilombo e pela superação da escravidão no Brasil.
(Lei 9.828, de 1999): Nascido em Lisboa e herdeiro do trono português, proclamou a independência do Brasil, sendo declarado imperador e coroado como Dom Pedro I.
(Lei 12.488, de 2011): Defensor da desigualdade racial, foi líder e mártir da Revolução Pernambucana. É patrono do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e da Polícia Civil Capixaba.
(Lei 12.430, de 2011): Com apenas 14 anos de idade, lutou para derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
(Lei 12.430, de 2011): Um dos líderes do conflito que tentou derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte.
(Lei 13.622, de 2018): Escritor, militar, engenheiro e jornalista, autor da obra "Os Sertões", referência literária por ficcionalizar importantes elementos da cultura brasileira, bem como uma poderosa narrativa do conflito histórico da Guerra de Canudos.
(Lei 12.430, de 2011): Um dos líderes do conflito que tentou derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte.
(Lei 14.201, de 2021): Foi um médium e um dos principais expoentes do espiritismo. É autor de aproximadamente 400 livros psicografados.
(Lei 13.468, de 2017): Líder dos jangadeiros nas lutas abolicionistas.
(Lei 12.326, de 2010): Depois de liderar a revolução de 1930, foi o presidente que mais tempo ficou no cargo em toda história republicana do Brasil. Após pôr fim ao predomínio das oligarquias, impedindo a posse presidencial de Júlio Prestes, instaurou a Era Vargas com início de voto secreto, leis trabalhistas e desenvolvimento da indústria do país.
(Lei 12.455, de 2011): Considerado um dos músicos eruditos mais originais do século XX, foi compositor, maestro, violoncelista e pianista. Sua vasta obra inclui concertos, sinfonias e óperas prestigiadas em teatros de todo o mundo.
(Lei 12.701, de 2012): Ajudou as tropas luso-brasileiras na Insurreição Pernambucana, que expulsou os holandeses do Nordeste.
(Lei 12.283, de 2010): Fundador do primeiro jornal brasileiro, o Correio Braziliense, defendia a independência do Brasil.
(Lei 11.863, de 2008): O barão do Serro Azul, foi político e empresário maior produtor de erva-mate do mundo e maior exportador do produto do Paraná. Ajudou na manutenção da República e impediu a invasão de Curitiba pelas tropas da Revolução Federalista.
(Lei 14.573, de 2023): Defensor dos direitos humanos no Brasil e um dos idealizadores do livro Brasil: Nunca Mais, obra que descreveu as torturas promovidas pela ditadura militar instaurada em 1964.
(Lei 12.391, de 2011): Participante do movimento popular de caráter emancipacionista, na então Capitania da Bahia, condenado à pena de morte por essa ação.
(1610 – 1681) (Lei 12.701, de 2012): Ajudou as tropas luso-brasileiras na Insurreição Pernambucana, que expulsou os holandeses do Nordeste.
(Lei 13.697, de 2018): Oficial de Marinha que lutou contra as forças navais portuguesas na Baía de Todos os Santos. Herói da Independência do Brasil na Bahia.
(Lei 13.598, de 2018): Líder dos trabalhadores do campo, fundou a primeira liga camponesa na Paraíba, a Associação dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas de Sapé, que contou com mais de 7 mil sócios.
(Lei 11.528, de 2007): Religioso e revolucionário brasileiro apoiou a Revolução Pernambucana, em 1817, e a Confederação do Equador, em 1824, movimentos pela independência do Brasil.
(Lei 13.623, de 2018): Dedicou a vida aos doentes e necessitados. Com dinheiro de esmolas e doações, fundou hospitais, escolas, asilos e seminários.
(Lei 7.919, de 1989): Primeiro nome inserido no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, Tiradentes condenado à morte por ter liderado o movimento separatista Inconfidência Mineira em 1792.
(Lei 10.796, de 2003): Militar, lutou pela independência, atuou em momentos contra os insurgentes, na Confederação do Equador, na Campanha Cisplatina e na Guerra do Paraguai. É o patrono da Marinha do Brasil.
(Lei 12.988, de 2014): Político, diplomata, historiador, jurista, orador e jornalista, foi o mais importante e o mais popular dos abolicionistas. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
(Lei 11.135, de 2005.): Um dos principais articuladores da Independência do Brasil, era tutor de Dom Pedro II. É o patrono da Independência.
(Lei 13.599, de 2018): Escritor, magistrado e político, foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Criou faculdades de direito e foi deputado.
(Lei 10.440, de 2002): Militar, liderou os acrianos no movimento de expulsão dos bolivianos entre 1902 e 1903 e assim proclamou-se a autonomia do Acre.
(Lei 12.446, de 2011): escritor e inventor brasileiro, reconhecido como precursor da dirigibilidade aérea.
(Lei 13.766, de 2018): Médico, foi deputado e governador de Minas Gerais. Venceu a eleição presidencial e apresentou o Plano de Metas, que investia em cinco setores da economia nacional. Foi responsável pela construção de Brasília e a mudança da capital do Rio de Janeiro para o Centro-Oeste do país.
(Lei 14.635, de 2023): Se destacou na defesa dos direitos das mulheres, dos negros e das empregadas domésticas.
(Lei 13.229, de 2015): Fundador do PDT, Brizola governou o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Também lutou contra a ditadura militar e foi candidato à presidência da República por duas vezes.
(Lei 12.391, de 2011): Participante do movimento popular de caráter emancipacionista, na então Capitania da Bahia, condenado à pena de morte.
(Lei 12.391, de 2011): Participante do movimento popular de caráter emancipacionista, na então Capitania da Bahia, condenado à pena de morte.
(Lei 3.816, de 2019): Luísa esteve ajudou a articular as revoltas e levantes de escravos contra a Província da Bahia nas primeiras décadas do século 19.
(Lei 13.628, de 2018): Advogado, escritor e jornalista. Defendeu e libertou na Justiça mais de 500 negros escravizados. Pautou sua vida pela abolição da escravidão e o fim da monarquia no Brasil.
(Lei 13.558, de 2017): Considerado o mais importante literário brasileiro do século XIX, o escritor destacou-se principalmente na escrita de romances e contos, além de crônicas, poesias, crítica literária e peças de teatro.
(Lei 12.391, de 2011): Participante do movimento popular de caráter emancipacionista, na então Capitania da Bahia, condenado à pena de morte.
(Lei 13.141, de 2015): Atuou para integrar o Oeste e o Norte do Brasil e defendeu os povos indígenas. Também teve papel de destaque na construção de telégrafos conectando Mato grosso ao Rio de Janeiro, então capital do Brasil.
(Lei 7.919, de 1989): Militar e político brasileiro, proclamou a República e foi o primeiro presidente do Brasil.
(Lei 10.641, de 2003). Militar, político e monarquista brasileiro, considerado patrono do Exército brasileiro.
(Lei 11.528, de 2007): Militar, patrono da Arma da Cavalaria do Exército, político e monarquista, foi um dos líderes da guerra contra o Paraguai.
(Lei 11.298, de 2006): Inventor e aviador, construiu o primeiro avião motorizado que conseguiu decolar, voar e aterrissar de forma controlada, o 14-Bis. Inventou também o relógio de pulso.
(Lei 14.649, de 2023): Foi uma das pioneiras na organização de sindicatos rurais em sua região, lutando pelos direitos dos agricultores e trabalhadores rurais.
(Lei 13.697, de 2018): Descendente de negros escravizados, tornou-se heroína negra da Independência do Brasil na Bahia, entre 1822 e 1823.
(Lei 14.471, de 2022): Marinheiro da Armada Imperial, destacou-se na Batalha Naval de Riachuelo, travada em 11 de junho de 1865 e considerada um dos mais importantes confrontos da Guerra do Paraguai.
(Lei 12.430, de 2011): Manifestante que lutou para derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. Foi o último conflito armado ocorrido no Brasil.
(Lei Nº 13.613, de 2018) Militar português, explorou e conquistou várias cidades do então Brasil Colônia. Considerado fundador do estado do Ceará.
(Lei 13.719, de 2018): Advogado, economista e político, foi governador de Pernambuco por três vezes, além de prefeito do Recife, deputado estadual e federal. Participou do processo de redemocratização do país como um dos pilares do Nordeste.
(Lei 13.852, de 2019): Político baiano, senador por três mandatos, ex-presidente do Senado, autor da Emenda Constitucional 9, de 1977, que que instituiu o divórcio no Brasil.
(Lei 14.401, de 2022): Médica psiquiatra, foi pioneira da terapia ocupacional e mudou os rumos dos tratamentos psiquiátricos no Brasil, anteriormente conduzidos por meio de isolamento em hospícios ou métodos de tortura.
(Lei 13.991, de 2020): Político, diplomata e advogado, foi um dos nomes de maior destaque no cenário político brasileiro entre 1930 e 1954. Chefiou a delegação brasileira na recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU) e inaugurou a tradição, mantida até hoje, de ser um brasileiro o primeiro orador da reunião anual.
(Lei 12.284/ 2010): Historiador, gramático, teatrólogo, foi pioneiro na catequização dos índios brasileiros e um dos fundadores da cidade de São Paulo.
(Lei 12.614, de 2012): Foi pioneiro na ciência da telecomunicação, sendo um dos primeiros a conseguir a transmissão de som e sinais telegráficos sem fio por meio de ondas eletromagnéticas, originando o telefone e o rádio.
(Lei 13.162, de 2015): Jurista, jornalista, diplomata, escritor e político. Foi o primeiro-ministro da Fazenda e da Justiça do período republicano. É patrono do Senado e da advocacia brasileira.
(Lei 12.032, de 2009): Considerado santo popular e declarado guerreiro indígena, lutou em defesa do povo guarani e contra a cobiça de espanhóis e portugueses pela posse da terra.
(Lei 12.447, de 2011): Grupo de 60 mil brasileiros que foram à Amazônia extrair borracha para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos morreram ou não retornaram para casa. O governo os homenageou como combatentes da Segunda Guerra e ressarciu a família dos mortos.
(Lei 13.697, de 2018): religiosa baiana concepcionista. Mártir da Independência do Brasil, morta ao tentar impedir que soldados invadissem o Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa na Bahia.
(Lei 13.927, de 2019): Filósofo, poeta, crítico e jurista, influenciou a literatura com ideias abolicionistas e igualitárias por meio do condoreirismo, parte da terceira fase do romantismo no Brasil.
(Lei 13.815, de 2019): Político e advogado, atuou na oposição à ditadura militar e nas campanhas de “Diretas Já”. Foi presidente da Assembleia Nacional Constituinte e promulgou a chamada Constituição Cidadã, de 1988.
(Lei 14.552, de 2023): Pediatra e sanitarista, mudou o retrato da desnutrição infantil no Brasil, praticamente reinventando o trabalho voluntário no Brasil.
(Lei 13.433, de 2017): Estilista com trabalhos no Brasil e EUA, Zuzu Angel tornou-se ativista política após o desaparecimento do filho Stuart, militante contra a ditadura militar.
(Lei 9.315, de 1996): Ícone da resistência negra à escravidão, liderou o Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)