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Fotógrafos da Agência Senado registram imagens históricas de posses presidenciais

Da Comunicação Interna
Publicado em 23/12/2022

Momentos. É disso que o presente é feito. É isso que os fotógrafos capturam, primeiro com seus olhares, depois com suas lentes. Os fotógrafos do Senado eternizam todos os dias momentos que depois contarão a história do nosso país. Suas fotos, disponíveis no banco de imagens da Agência Senado, rodam o mundo. Com as imagens da Posse Presidencial que se aproxima, prevista para 1º de janeiro, não será diferente. 

Sessão de posse do Presidente José Sarney na Presidência da República (foto: Arquivo do Senado)

Geraldo Magela e Waldemir Barreto, já são profissionais conhecidos nesse evento que atrai tanta atenção. Magela faz essa cobertura fotográfica desde a época do presidente Collor, empossado em 15 de março de 1990. Ele ainda trabalhava para o Jornal de Brasília quando entrou pela primeira vez em contato com a solenidade.

Posse do presidente Fernando Collor de Melo em 15.3.1990, em sessão conjunta do Congresso Nacional (foto: Arquivo do Senado)

— Sempre cobri política pelos jornais, mas cada posse é uma emoção diferente. Naquela era uma emoção muito grande pela democracia, um processo que estava vindo — lembra Magela, que passou a integrar o time de fotógrafos do Senado só dez anos depois, em 2000.

Tancredo Neves foi o primeiro presidente eleito democraticamente após o regime militar, mas faleceu antes de assumir o cargo. Seu vice, José Sarney, foi quem assumiu a presidência do Brasil.

Posse do presidente Itamar Franco (foto: Arquivo do Senado)

Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto a tomar posse. Depois do impeachment, veio a posse de Itamar Franco, as duas posses de Fernando Henrique Cardoso, as duas posses de Lula, as duas posses de Dilma, outro impeachment, a posse de Michel Temer, e a última posse, do atual presidente Jair Bolsonaro. Magela fotografou todas elas.

Posses de FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro (fotos: Arquivo Secs/Senado, Roosewelt Pinheiro/Agência Senado, Jane de Araújo/Agência Senado, Geraldo Magela/Agência Senado e Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Da época do rolo de filme

Waldemir começou a cobrir posses quando veio para o Senado, em 1998. Seu sonho sempre foi fazer fotos de meio ambiente, mas foi a política que o laçou. Sua primeira cobertura desse evento foi na reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1999. Naquele momento, a fotografia digital já começava a ser introduzida no Senado.

Posse de FHC para seu primeiro mandato (foto: Arquivo/Agência Senado)

— A posse de 1999 foi a despedida do filme. Em 2000, começamos a trabalhar com fotografia digital no Senado e é uma diferença enorme. Fomos referência, uma vez que os jornais começaram por volta de 2005. Hoje fazemos cerca de mil fotos por evento. Com o filme, não dava pra ter tantas fotos assim — compara.

Waldemir é geralmente escalado para cobertura dentro do Plenário, local de acesso muito restrito. Na Posse Presidencial, só dois fotógrafos, um do Senado e um da Presidência da República, têm acesso livre ao interior desse local e podem circular por entre as principais autoridades presentes. Nas últimas posses, o posto de Waldemir foi lá.

— Quando estou trabalhando, sempre dou o melhor de mim, independente de estar cobrindo a posse de um presidente ou de um líder comunitário, são todos iguais. Meu objetivo é estar atento, olhar o todo e registrar o micro que mostra os pontos chaves dos fatos que, muitas vezes, passam despercebidos — revela ele, deixando transparecer senso de comunidade e atenção aos detalhes, muito possivelmente adquirido em sua infância na tribo Guarani de Mato Grosso do Sul, onde nasceu e viveu até os nove anos.

Postos da imprensa

Há outros seis postos destinados à imprensa no evento. Esses são também abertos à imprensa externa e todos, até os profissionais da Casa, devem ser credenciados especificamente para a solenidade. Há, inclusive, um hotsite sobre o credenciamento de imprensa criado especificamente para a Posse Presidencial de 2023.

Um desses postos é a rampa do Congresso Nacional, por onde está prevista a chegada e saída do presidente empossado. Esse é um dos locais preferenciais de Magela, que gosta de sentir o calor do povo que vem prestigiar o evento. Ali são horas de espera, guardando o melhor lugar, por 15 minutos ou menos de captura de imagens.

Posses de Collor, FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro (fotos: Arquivo do Senado, Arquivo Secs/Senado, Célio de Azevedo/Agência Senado, Marcos Oliveira/Agência Senado e Geraldo Magela/Agência Senado)

— Para cada posse fico imaginando a fotografia que eu quero que aconteça pra mim. A espera é longa, mas é a história do Parlamento. A imagem fica na memória da instituição e do Brasil. Acredito que, no futuro, quem vai salvar a História serão os órgãos públicos com seus arquivos — preconiza.

Em várias posses, Magela também já fotografou de dentro do Palácio do Planalto, para onde o presidente do Congresso segue após a cerimônia no Parlamento. 

Por questões de segurança, o trânsito da imprensa é bloqueado 30 minutos antes da chegada da comitiva presidencial ao Congresso e liberado só após o ingresso das autoridades no Plenário da Câmara dos Deputados, onde acontece a cerimônia. Também há interrupção de circulação nos espaços internos durante a saída da comitiva presidencial.


Reportagem: Paula Andrea Cochrane Feitosa
Pesquisa e edição de fotos: Pillar Pedreira e Bernardo Ururahy
Edição: Moacyr Oliveira Filho
Foto de capa: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)