
8. Espécies Mais Recomendadas
A seleção de espécies vegetais desempenha um papel vital na criação de projetos de
paisagismo sustentável. Dar preferência a espécies nativas da região é uma decisão estratégica
que promove a biodiversidade, a sustentabilidade e a resiliência dos espaços verdes. Essas
espécies são adaptadas ao clima e às condições locais, o que reduz a necessidade de
manutenção e fortalece os ecossistemas.
É importante, nesse sentido, o atendimento dos requisitos da Lei Distrital nº 6.364/2019, que
dispõe sobre a utilização e a proteção da vegetação nativa do Bioma Cerrado no Distrito
Federal, onde se insere o espaço arquitetônico do Senado.
Importante ressaltar que há várias espécies exóticas bem adaptadas e não invasivas que
também desempenham bem as funções ecológicas essenciais. Cabe pesquisa rigorosa para
inseri-las no projeto paisagístico.
Benefícios da Escolha de Espécies Nativas: A escolha de espécies nativas brasileiras é uma
das maneiras mais eficazes de promover a biodiversidade e a resiliência no paisagismo. As
espécies nativas são naturalmente adaptadas às condições climáticas e do solo da região,
garantindo sua sobrevivência e longevidade. Além disso, elas desempenham um papel
fundamental na promoção da biodiversidade local, oferecendo abrigo e alimento para a fauna.
Exemplos de Espécies Recomendadas (nativas e exóticas adaptadas):
Árvores: Ipês, jacarandás, mangueiras, coqueiros, pau-brasil, araucárias, jequitibás,
pau-ferro, entre outras, como Acacia polyphylla, monjoleiro; Anadenanthera
columbrina, angico-branco; Annona crassifolia, araticum; Albizia hasslerii, farinha-
seca; Bowdichia virgulinoides, sucupira-do-cerrado; Clororeucum torntun, tataré,
jurema; Dipterix alata, barú, baruzeiro; Pterodon emarginatus, faveiro; Magonia
pubens, tinguí; Inga sessilis, ingá-de-macaco; Xylopia aromática, pimenta-de-macaco,
etc.
Arbustos: lavanda, hortelã, manjericão, alecrim, hortelã-pimenta, babosa, entre outras,
como Bowidichia virgilioides, sucupira-preta; Cybstax Antisyphylitica, ipê-verde;
Ocotea corymbosa, canela-do-cerrado; Guazuma ulmifolia, mutamba-preta; Licania
humilis, marmelinho-do-cerrado; Syagrus oleracea, gariroba, gueroba; Pouteria
ramifolia, abiu; Stryphnodendron adstrigens, babatimão, etc.
Gramíneas: Capim-santo, grama-esmeralda, grama-inglesa, entre outras como
Andropogon bicornis, capim-peba; Mesosetun chaseae, grama-do-cerrado; Tristachya
leiostachya, capim-flecha; Loudetiopsis chysothrix, brinco-de-princesa; Aristia riparia,
rabo-de-raposa; Setaria parviflora, capim-rabo-de-raposa, etc.
Promovendo a Diversidade: Além de sua resiliência, as espécies nativas promovem a
diversidade de flora e fauna, enriquecendo a experiência dos visitantes e contribuindo para a
conservação e valorização das espécies locais.