Randolfe Rodrigues afirma que fim do foro privilegiado não interessa à classe política e só será aprovado com mobilização — Rádio Senado
Salão Nobre

Randolfe Rodrigues afirma que fim do foro privilegiado não interessa à classe política e só será aprovado com mobilização

Cinquenta e quatro mil pessoas têm foro privilegiado por prerrogativa de função no Brasil. Segundo o relator da proposta aprovada no Senado e encaminhada para a Câmara dos Deputados, sen. Randolfe Rodrigues (REDE-AP), não há situação semelhante no resto do mundo. Ele acredita que o fim do foro não vai acabar com a corrupção no país, mas é o primeiro passo, pois se trata de um “privilégio descabido, inadequado”. Além disso, o relator argumenta que o Supremo Tribunal Federal deve ser uma corte institucional, para resolver dúvidas sobre a Constituição, e não um tribunal penal.

Randolfe avalia que, se a proposta virar emenda constitucional, todos os processos que estão nos tribunais superiores voltarão à primeira instância. Ele cita como exemplo os processos da Operação Lava Jato, que estão no STF: “desceriam para a 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e ficariam aos cuidados do Juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dalagnol”. Porém, o parlamentar acredita que o fim do foro não é de interesse da classe política e só será aprovado se houver mobilização social.

24/07/2017, 18h09 - ATUALIZADO EM 24/07/2017, 18h09
Duração de áudio: 14:30
Ao vivo
00:0000:00