Hélio José e Romero Jucá falam sobre a reforma da Previdência
Salão Nobre debate a reforma da Previdência
O Salão Nobre desta semana tem dois convidados. Os senadores Hélio José (PROS-DF) e Romero Jucá (PMDB-RR) falam sobre a reforma da Previdência. Relator da CPI da Previdência, sen. Hélio José (PROS – DF), contestou os dados do governo sobre o déficit da Previdência. O governo estima o rombo em R$186 bilhões este ano e R$202 bilhões no ano que vem.
Em entrevista ao Salão Nobre, Hélio José explicou que o relatório da CPI, aprovado por unanimidade em novembro, prova que não há déficit na Previdência. A CPI fez 26 audiências públicas, em que mais de 230 pessoas foram ouvidas. Para Hélio José, o objetivo do governo é privatizar a previdência pública e privilegiar banqueiros.
Já o líder do governo, senador Romero Jucá, rebate os argumentos afirmando que a Previdência, como está, é insustentável e injusta. Segundo ele, a importância da reforma não é para o mercado e sim para os atuais e futuros aposentados: “Se nada for feito, daqui a dez anos, 80% das receitas do governo vão para o pagamento de benefícios previdenciários. Quem paga essa conta não é o governo, é a sociedade”.
O líder acredita em acordo para a votação da proposta em dezembro na Câmara e em fevereiro no Senado. A maior dificuldade na votação, de acordo com Jucá, é o desgaste político às vésperas da campanha eleitoral. O senador alerta, porém, que se o sacrifício não for feito agora, daqui a dois ou três anos será ainda maior. E mesmo com a votação da proposta – uma versão simplificada da PEC 287/2016 enviada pelo governo –, ele acredita que o déficit da Previdência não estará superado e terá que ser alvo dos próximos governos.