Anastasia defende recall para presidente a partir de 2019 — Rádio Senado
Salão Nobre

Anastasia defende recall para presidente a partir de 2019

O brasileiro já está acostumado ao recall de carros e outros produtos. Mas e o recall na política? A revogação do mandato por iniciativa popular existe na legislação dos Estados Unidos desde 1903 e quatro governadores norte-americanos já perderam o mandato por meio do recall. No Brasil, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o recall para presidente da república, com possibilidade de extensão para os governadores. Falta votar a emenda em plenário para que o texto vá à Câmara dos Deputados.

O relator da proposta de emenda constitucional, senador Antônio Anastasia, disse em entrevista ao programa Salão Nobre, da TV Senado, que o recall é uma solução para a crise política no regime presidencialista, mas que, se for aprovado no Congresso, só poderá ser usado a partir de 2019. “Sempre fui muito resistente a resolver crises com soluções casuísticas. Coloquei no substitutivo a clausula de vigência de primeiro de janeiro de 2019. Nenhum de nós espera que o recall seja necessário. Quando elegemos um presidente, queremos que ele cumpra os seus compromissos”, afirma.

Anastasia também explicou que é difícil aprovar uma reforma política “porque o deputado e o senador analisam como seria o resultado em relação a si e a seu grupo político”. O tema, porém, terá que ser enfrentado, pois o atual sistema político brasileiro “está em escombros”, segundo o senador, que defende a mudança na eleição de deputados e vereadores para distrital – em cada distrito, ganha quem tem mais voto.

17/07/2017, 17h00 - ATUALIZADO EM 19/07/2017, 10h12
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