Voucher para escolas privadas e novo Fundeb foram discutidos em Comissão da covid-19 — Rádio Senado
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Voucher para escolas privadas e novo Fundeb foram discutidos em Comissão da covid-19

A Comissão que analisa os gastos do Governo com as medidas de enfrentamento da pandemia ouviu nesta segunda-feira (20) a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Ilona Becskeházy. Ela defendeu que o novo Fundeb obedeça a critérios claros de renda para a transferência de recursos. E exaltou a importância dos livros didáticos para a superação do déficit pedagógico causado pela paralisação de 2020. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) argumentou que, para o modelo de ensino híbrido funcionar, é preciso ampliar o acesso dos alunos à internet. A reportagem é de Marcella Cunha.

20/07/2020, 16h24 - ATUALIZADO EM 21/07/2020, 12h16
Duração de áudio: 02:40
maceio.al.gov.br

Transcrição
LOC: OS EFEITOS DA PANDEMIA SOBRE A EDUCAÇÃO FORAM TEMA DE NOVA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO MISTA DA COVID-19. LOC: PARTICIPANTES DEFENDERAM A CRIAÇÃO DE UM VOUCHER PARA ESCOLA PRIVADA E CRITÉRIOS DE RENDA PARA O NOVO FUNDEB. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA: TÉC: Durante a audiência pública, os participantes discutiram como evitar que a extrema desigualdade educacional no Brasil se agrave com a pandemia. A secretária de Educação Básica do MEC, Ilona Becskeházy, defendeu que o novo Fundeb, em análise pelo Congresso Nacional, tenha critérios mais claros de transferência de recursos que levem em conta a renda média dos alunos e quantos por cento deles estão inscritos no CadÚnico. Já o senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, voltou a cobrar a universalização da internet para viabilizar o ensino híbrido. (Izalci) A questão da desigualdade está muito clara. Vocês viram agora no Enem 5 milhões de alunos, apenas 1 milhão tem acesso a internet. Ou seja, 77% não tem conectividade, não tem a rede. 46% não tem computador em casa. (REP) Segundo Ilona, o MEC está reformulando o programa de educação conectada para responder às necessidades dos alunos durante a pandemia, mas reforçou a importância dos livros didáticos. (Ilona) A única solução não é tablet, computadores e internet para os alunos. Pelo contrário, o PNLD, o Programa Nacional do Livro Didático, ele tem muito mais capacidade de levar conteúdo controlado para a sala de aula do que simplesmente a conectividade. E as pesquisas mostram que desde a criança até o adulto o trabalho no papel ainda supera o trabalho digital no que se concerne o desenvolvimento cognitivo das pessoas, o desenvolvimento da memória. (REP) A secretária de educação básica informou que uma das estratégias do MEC será investir na reformulação do edital da compra de livros didáticos e literários para minimizar prejuízos pedagógicos da paralisação de 2020. Ilona defendeu uma reforma educacional que estabeleça objetivos de aprendizagem claros e ambiciosos, reforce a parceria entre pais e professores, e que priorize a formação de docentes. Já o Presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, Ademar Batista, defendeu a criação de um voucher pelo Governo Federal para ajudar as famílias impossibilitadas de pagar escolas particulares durante a pandemia. (Ademar) A gente precisaria fazer um trabalho junto ao Governo porque precisaria ter dinheiro. Um voucher por exemplo para atender de 0 a 3 anos para que as escolas pequenas não quebrem para que ano que vem tenha escola para por as crianças. A outra alternativa será não ter escola. (REP) Também participou da reunião o Secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Ariosto Antunes.

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