Tragédia em Brumadinho repercute entre senadores

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TRAGÉDIA EM BRUMADINHO REPERCUTE ENTRE SENADORES, QUE QUEREM CRIAÇÃO DE COMISSÃO PARA ACOMPANHAR O CASO PARLAMENTARES TAMBÉM DEFENDEM ENDURECIMENTO DA LEGISLAÇÃO E QUE CRIMES AMBIENTAIS SEJAM CONSIDERADOS HEDIONDOS. OS DETALHES COM A REPÓRTER MARCELA DINIZ (Repórter) A tragédia em Brumadinho gerou manifestações dos senadores nas redes sociais. Representante de Minas Gerais, o senador Antonio Anastasia, do PSDB, disse esperar das “autoridades competentes”, as “medidas necessárias”, solidarizou-se com a população impactada e lamentou os “danos intangíveis na vida das pessoas e no meio ambiente”. Também do PSDB mineiro, o senador Aécio Neves, destacou a dedicação dos bombeiros, socorristas e policiais militares no socorro às vítimas e cobrou “medidas radicais e urgentes, inclusive na legislação”, para evitar novas tragédias. Os senadores eleitos por Minas Gerais e que tomarão posse na sexta-feira, agora, dia primeiro de fevereiro, também se manifestaram pelo Facebook. Rodrigo Pacheco, do Democratas, lamentou o “desastre na Região do Córrego do Feijão” e prometeu cobrar das “autoridades competentes medidas de atendimento efetivo aos atingidos”. Carlos Viana, do PHS mineiro, fez transmissões ao vivo, de Belo Horizonte, com informações sobre operações de resgate, a vinda de tecnologia israelense para ajudar na localização dos desaparecidos, entre outros informes. O senador eleito disse que pedirá a criação de uma comissão para acompanhamento da segurança de barragens e endurecimento das leis sobre o assunto: (Carlos Viana) “uma comissão, uma subcomissão para acompanhar barragens, mudarmos, endurecermos as leis em relação a isso, à fiscalização. Tentou-se fazer isso na assembleia, não conseguiram, mas agora nós vamos encarar esse desafio no senado, para que a gente não volta a ter esse tipo de situação como está agora.” (Repórter) Carlos Viana também criticou a localização do restaurante e do administrativo da Vale na linha de fluxo de sedimentos e disse que é preciso repensar a questão dos licenciamentos: (Carlos Viana) “me pergunto e quero perguntar isso depois para um representante da Vale, quando eu tiver acesso em Brumadinho, porque me informaram que não há condições de se chegar até lá, por causa das estradas fechadas. Mas como é que se constrói restaurante, administração com tantas pessoas justamente no fluxo de uma barragem que pode se romper? Como se faz um projeto dele? São respostas que a empresa terá de nos dar e, com toda a sinceridade, a gente tem de repensar muito, mas muito, toda essa questão da licença ambiental em nossa minas gerais” (Repórter) também via Facebook, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Solidariedade do Amapá, anunciou que apresentará hoje um projeto que torna crimes ambientais como os de Brumadinho, crimes hediondos: (Randolfe Rodrigues) “os acontecimentos de brumadinho são resultado concreto da irresponsabilidade das grandes mineradoras que atuam no Brasil. Nós, da Sede Sustentabilidade, iremos apresentar, nesta segunda-feira, um projeto de lei para classificar este crime como hediondo. Quem deu causa a crimes dessa natureza não pode continuar gozando de impunidade.” (Repórter) pelo Facebook e em nota enviada à agência Senado, o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, disse que, no retorno dos trabalhos do Congresso, no dia primeiro, irá propor uma CPI do Senado para “apurar e evitar novas catástrofes” e criticou a falta de investimentos em prevenção das empresas mineradores e também por parte dos governos federal e estaduais. Elmano Férrer, do Podemos do Piauí, disse que o rompimento da barragem em brumadinho é “reflexo da falta de compromisso e das constantes restrições financeiras que culminam na manutenção precária ou abandono das barragens”. O senador lembrou que, em dezembro, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado aprovou relatório produzido por ele que alertava para a precariedade da fiscalização e recomendava a inclusão, no orçamento de 2019, de recursos para a área: (Elmano Férrer) “essa é mais uma tragédia anunciada e cremos que, se os governos, quer no âmbito federal, no âmbito estadual, seguirem as nossas recomendações, principalmente relacionadas a recursos, recursos financeiros para atividade de acompanhamento, de monitoramento das barragens existentes no Brasil.” (Repórter) Da Rádio Senado, Marcela Diniz.