Senadores querem repasse maior do SUS para Santas Casas — Rádio Senado
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Senadores querem repasse maior do SUS para Santas Casas

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) aprovou nesta quarta-feira (05/12) o relatório do senador Dalírio Beber (PSDB - SC) que ressalta a importância das Santas Casas de Misericórdia, hospitais filantrópicos e beneficentes que atuam pelo Sistema único de Saúde. O documento detalha a crise financeira da rede filantrópica e conclui que os problemas enfrentados prejudicam o atendimento médico. Dalírio Beber sugere uma série de mudanças para dar mais transparência e simplificar as regras de financiamento e funcionamento destas instituições, como o reajuste dos valores repassados pelo SUS.

05/12/2018, 12h37 - ATUALIZADO EM 05/12/2018, 15h51
Duração de áudio: 02:46
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza reunião - 1ª parte: 12 itens. Na pauta, o PLS 332/2013, que estabelece avaliação de UTIs de hospitais públicos e privados; 2ª parte: apreciação do relatório de avaliação de política pública.

À mesa, presidente em exercício da CAS, senador Waldemir Moka (MDB-MS), conduz reunião.

À bancada, senador Dalirio Beber (PSDB-SC).

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DEVE AUMENTAR O REPASSE DE RECURSOS PARA COBRIR OS GASTOS DE SANTAS CASAS COM EXAMES, CIRURGIAS E ATENDIMENTOS MÉDICOS. LOC: A RECOMENDAÇÃO FOI APROVADA PELOS SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS NO RELATÓRIO FINAL QUE AVALIOU A SITUAÇÃO E OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DOS HOSPITAIS FILATRÓPICOS E BENEFICENTES NO BRASIL. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) O relatório final do senador Dalírio Beber, do PSDB de Santa Catarina, faz um diagnóstico sobre a situação e os principais problemas das Santas Casas de Misericórdia, hospitais filantrópicos e beneficentes que atuam pelo Sistema Único de Saúde. Os números revelam a importância das entidades que, segundo o documento, trabalham com mais eficiência e melhor custo benefício do que os serviços próprios do SUS. São mais de 1.700 Santas Casas e hospitais filantrópicos, com cerca de 80 mil médicos de todas as especialidades que respondem por metade do atendimento público de saúde no país e seis em cada dez internações de alta complexidade, como cirurgias oncológicas e transplantes. O relatório também detalha a crise financeira da rede filantrópica, que sofre com atrasos no repasse de recursos públicos, contratos defasados, falta de financiamento e mais de 20 bilhões de reais em dívidas. E conclui que os problemas enfrentados prejudicam o atendimento médico, principalmente nas regiões carentes, com o fechamento de leitos e hospitais e a demissão de funcionários. Para reverter este cenário, Dalírio Beber sugere uma série de mudanças para melhorar o atendimento médico, dar mais transparência e simplificar o financiamento e funcionamento destas instituições, como o reajuste dos valores repassados pelo SUS. (Dalírio Beber)“ Essa é a principal e mais antiga reivindicação da rede filantrópica: A revisão da tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde. Ao longo de sucessivos governos ficou tão defasada que, hoje, cobre apenas 60% dos custos, esse é o ponto central da crise da rede, que a obriga a se endividar continuamente para cobrir essa diferença. O governo faça com maior celeridade possível, a tão esperada revisão” (Repórter) Os senadores disseram que o documento deve servir de referência para o futuro governo, como defendeu o senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, que é médico (Waldemir Moka) “É a estrutura que tem condições de atender a população brasileira. Eu acho que tem que ficar uma contribuição para o futuro ministro da Saúde. Dar uma lida nisto. O diagnóstico que vossa excelência traz” (Repórter) O resultado dos trabalhos deve ser encaminhado agora para a presidência da República, ministérios e órgãos da área de saúde.

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