Simone Tebet pede que Conselho da Amazônia acompanhe incêndios no pantanal — Rádio Senado
Meio Ambiente

Simone Tebet pede que Conselho da Amazônia acompanhe incêndios no pantanal

As queimadas na região pantaneira são as piores dos últimos 22 anos. A seca e o avanço do desmatamento são apontados como agravantes. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu para que o governo federal siga a indicação feita pelo Senado para que o pantanal seja acompanhado pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL). Ela considera que o órgão tem maior capacidade de pensar estratégias eficazes para a proteção ambiental da região. A reportagem é de José Odeveza.

07/08/2020, 16h41 - ATUALIZADO EM 07/08/2020, 16h47
Duração de áudio: 02:35
Imagem área de imenso foco de fumaça, mal é possível ver a vegetação do pantanal.
Foto: Governo do Mato Grosso do Sul

Transcrição
LOC: O PANTANAL VIVE UMA CRISE DE QUEIMADAS EM 2020. O MÊS DE JULHO REGISTROU O MAIOR NÚMERO DE INCÊNDIOS DOS ÚLTIMOS 22 ANOS. LOC: A SENADORA SIMONE TEBET PROPÕE QUE O CONSELHO DA AMAZÔNIA LEGAL ACOMPANHE TAMBÉM A SITUAÇÃO DO PANTANAL. A REPORTAGEM É DE JOSÉ ODEVEZA. TÉC: O Pantanal vive a pior seca dos últimos 50 anos. Com a chuva escassa e o aumento do desmatamento na região, os focos de incêndio crescem rapidamente. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que só em julho o Pantanal teve 1.684 focos de queimadas. No mesmo mês, no ano passado, foram 494 focos. São milhares de hectares queimados e famílias impactadas pela tragédia. A quilombola Laura Ferreira, da comunidade mutuca em Mato Grosso relatou que as famílias da região sofrem com a fumaça constante e necessitam de itens básicos para a subsistência da população, já que muitas plantações foram dizimadas. (Laura Ferreira) prejudica a questão respiratória, aumento da temperatura. As queimadas se iniciam e adentram dentro dos territórios quilombolas, destruindo todas as plantações, principalmente num momento tão difícil que as comunidades estão enfrentando diante da pandemia. (LOC) Para o educador ambiental da organização Fase no Mato Grosso, Leonel Wohlfahrt, que compõe o Conselho Ambiental da Secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso - SEMA, o Governo Federal precisa urgentemente ampliar a fiscalização na região. Ele denuncia que a pandemia diminuiu ainda mais a atuação dos órgãos de proteção ambiental. (Leonel Wohlfahrt) A história da Pandemia agravou a situação com relação a própria fiscalização. A própria SEMA fez com que seus funcionários trabalhassem de casa e aí eles não têm acesso ao sistema de monitoramento virtual. Então fica duas ou três pessoas e ai eles mascaram esses tipos de processo de agressão ao meio ambiente. (LOC) A senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, pediu que seja seguida uma indicação do Senado Federal ao presidente da República para que a região pantaneira seja acompanhada pelo Conselho da Amazônia Legal, reativado este ano. (Simone Tebet) O Pantanal está sendo destruído, o governo federal e o governo do estado entram com o estado de situação de emergência. E essa indicação é simples sugerindo ao sr presidente da república que possa reestruturar o Conselho Nacional da Amazônia Legal, para incorporar o bioma pantanal pelo menos nesse período de seca, que todo ano acontece sobre a supervisão do vice presidente da república, para que possa fazer politicas coordenadas de controle das queimadas. (LOC) Nesta última quinta-feira, o estado de Mato Grosso firmou uma parceria para contar com o apoio do Exército e da Marinha para tentar frear as queimadas. Até o momento já são estimados mais de 100 mil hectares destruídos pelo fogo. Sob supervisão de Maurício de Santi da Rádio Senado, José Odeveza.

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