Sessão especial sobre paz nas eleições discute fake news e intervenção da violência durante pleito em outubro — Rádio Senado
Plenário

Sessão especial sobre paz nas eleições discute fake news e intervenção da violência durante pleito em outubro

A paz no processo eleitoral foi tema de debate no Plenário do Senado, nesta quarta-feira (9). Um pacto entre as instituições, combate às fake news e educação para a mídia foram abordados pelos convidados, entre eles, o ministro do tribunal superior eleitora, Admar Gonzaga. Na visão do jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto, para mudar esse quadro a saída mais sólida é a educação, para que as pessoas possam aprender a consumir informação e saber discernir o que é verdade. Autor do requerimento para o debate temático, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou que a falta de programas pelos políticos tem causado esse clima agressivo entre os eleitores.

10/05/2018, 18h57 - ATUALIZADO EM 10/05/2018, 19h13
Duração de áudio: 02:47
Plenário do Senado Federal durante sessão de debates temáticos destinada debater o tema: "A paz no processo eleitoral".

Mesa:
jornalista, cientista político e professor da PUC-SP, Leonardo Sakamoto;
ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga Neto;
senador Cristovam Buarque (PPS-DF);
coordenadora do Programa de Segurança Pública e Justiça Criminal do Instituto Igarapé, Michele Gonçalves dos Ramos.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: “A PAZ NO PROCESSO ELEITORAL”: ESSE FOI O ASSUNTO ABORDADO EM SESSÃO DE DEBATES TEMÁTICOS PROMOVIDO NESTA SEMANA NO PLENÁRIO DO SENADO. LOC: PACTO ENTRE AS INSTITUIÇÕES, COMBATE ÀS FAKE NEWS E EDUCAÇÃO PARA A MÍDIA FORAM DISCUTIDOS PELOS CONVIDADOS, ENTRE ELES, O MINISTRO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, ADMAR GONZAGA. OS DETALHES NA REPORTAGEM DE PAULA GROBA. TÉC: Um pacto pela paz, vindo de instituições dos três poderes e a educação dos cidadãos foram saídas citadas pelos participantes da sessão especial, que tratou da promoção de eleições democráticas, sem violência, no pleito que se aproxima. E o Tribunal Superior Eleitoral, segundo o ministro Admar Ganzaga Neto, já trabalha com a ideia de reunir também os candidatos à presidência para firmar um acordo visando à decência no discurso e nas propostas para evitar a incitação da violência. (ADMAR) Ministro Fux tem feito isso. Ele está propondo agora uma reunião com os partidos e certamente irá propor com os candidatos que se apresentarem, já aprovados em convenção, para irem ao Tribunal Superior Eleitoral fazer um pacto, pela política, de elegância, de decência, de discurso e de propostas. (REP) Na avaliação do presidente do Senado, Eunício Oliveira, as eleições de 2018 serão um desafio singular na política brasileira por conta do clima de rivalidade e violência, impulsionadas também pelas chamadas fake news. (EUNÍCIO) O resultado tem sido a radicalização, a violência verbal nas redes, com polêmicas e desinformações – muitas vezes pessoas desinformadas ficam virulentas por aquilo que recebem e tomam como verdade. (REP) Na visão do jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto, para mudar esse quadro a saída mais sólida é a educação, para que as pessoas possam aprender a consumir informação e saber discernir o que é verdade. Mas também, segundo ele, a atuação em frentes de combate às falsas informações na internet. (SAKAMOTO) Seria atuar junto às plataformas digitais, para aprimorar os controles com relação às regras da comunidade, os perfis falsos, evitar dark posts, aumentar a transparência de quem está bancando anúncios na rede social. (REP) A Coordenadora do Programa de Segurança Pública e Justiça Criminal do Instituto Igarapé, Michele dos Ramos, acredita que as eleições de 2018 podem ser uma oportunidade para reverter a situação por meio de um pacto republicano para debates de qualidade. (MICHELE) que os temas sejam abordados baseados em evidências. Pós-verdade não é bom conselheiro para proposta de política pública – na discussão dessas propostas e na desqualificação infundada dos opositores –; é um desserviço imenso à democracia. (REP) Autor do pedido para a sessão “Paz No Processo Eleitoral”, o senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal afirmou que a falta de apresentação de programas pelos políticos tem causado esse clima agressivo entre os eleitores. E defendeu a voz como instrumento da democracia. (CRISTOVAM) É a voz que é a ferramenta do diálogo. Este é um ponto que a gente tem que assumir entre nós: vamos usar a voz. Obviamente, o direito de falar é absoluto, com a obrigação de ouvir também. (REP) Para Dário Berger, do PMDB de Santa Catarina, o país não pode assumir o debate que leva ao fascismo. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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