Sessão do Senado lembra o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher — Rádio Senado
Sessão Especial

Sessão do Senado lembra o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher

Senado tem sessão especial para comemorar o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro. O requerimento para a homenagem foi do senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal. As informações com a repórter Raquel Teixeira.

25/11/2019, 20h07 - ATUALIZADO EM 25/11/2019, 20h07
Duração de áudio: 02:34
Plenário do Senado Federal durante sessão especial destinada a comemorar o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher.

Mesa:
representante do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e coordenadora-geral do Programa Mulher Viver sem Violência, Valéria Laval;
presidente e fundadora do Instituto Mulheres Feminicídio Não (AME), Lúcia Erineta;
diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka;
presidente e requerente desta sessão de comemoração, senador Izalci Lucas (PSDB-DF);
presidente nacional do Conselho de Mulheres Cristãs do Brasil (CMCB), Patrícia Óliver;
juiz e coordenador do Núcleo Permanente Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Distrito Federal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (NJM/TJDFT), Ben-Hur Viza;
delegada-chefe da 6ª Unidade Policial do Paranoá, Jane Klébia.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: SESSÃO ESPECIAL DO SENADO COMEMORA O DIA INTERNACIONAL DA NÃO-VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, CELEBRADO EM 25 DE NOVEMBRO. LOC: A DATA FOI INSTITUÍDA OFICIALMENTE EM 1999 PELA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA HOMENAGEAR DUAS IRMÃS DOMINICANAS ATIVISTAS QUE FORAM TORTURADAS E MORTAS PELO DITADOR RAFAEL TRUJILLO NA DÉCADA DE 60. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. TÉC: O Brasil ocupa o quinto lugar em número de feminicídios, num ranking de 84 países criado pela Organização Mundial da Saúde. Segundo o mapa da violência, entre 1980 e 2013, mais de 106 mil mulheres foram assassinadas no país, e a cada hora e meia há mais uma morte. Uma vítima que não quis se identificar relata que as agressões físicas, psicológicas e mentais que aconteciam dentro casa começaram logo no início do casamento. (VÍTIMA) Com três meses eu já tinha um dedo quebrado, já tinha sofrido vários empurrões, como eu estava apaixonada, recém-casada, eu achava que aquilo ia passar e pra todo mundo assim fora eu mostrava um casamento maravilhoso, ele uma pessoa maravilhosa porque o meu medo era maior. Rep: O senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, contou que a capital federal é uma das cinco unidades da federação com mais casos de violência de gênero. (IZALCI) Segundo a ONU, em todo o mundo, a violência dentro das próprias casas das mulheres é a principal casa de lesões sofridas por aquelas que tem entre 15 e 44 anos. Segundo o Mapa da violência, o DF ficou entre os cinco estados com mais casos. Rep: A Deputada Patrícia Ferraz, do Amapá, contou que denunciou o marido depois de ser espancada três vezes. (PATRÍCIA) Fui brutalmente agredida pelo meu ex-companheiro, ao qual eu dediquei quase dez anos da minha vida, cheguei numa delegacia ensanguentada com nariz quebrado depois de ter sido espancada na frente do meu filho e eu sei que isso acontece com inúmeras mulheres, meu casamento era perfeito e ele me agredia. Rep: De acordo com juiz do TJDFT, Bem-Hur Viza, a sociedade paga o preço pelas atitudes de violência dentro das casas com a formação de crianças e jovens problemáticos. (BEN-HUR) Nós precisamos quebrar esse modelo social em que a mulher é subjugada constantemente, uma sociedade precisa ter o respeito pela mulher independentemente da roupa que ela traje, uma sociedade que precisa saber que a mulher não é o saco de pancadas de homens, que o homem não tem direito de impor a mulher a sua própria vontade. Rep: No Senado Federal, existem 3 espaços criados especialmente para discutir e propor projetos relacionados ao tema: a procuradoria da mulher, a comissão de combate à violência contra mulher e o observatório da mulher. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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