Senadores repercutem reforma da previdência em estudo pelo governo federal — Rádio Senado
Proposta

Senadores repercutem reforma da previdência em estudo pelo governo federal

29/09/2016, 20h29 - ATUALIZADO EM 29/09/2016, 20h29
Duração de áudio: 02:38
campolimpopaulista.sp.gov.br

Transcrição
LOC: SENADORES REPERCUTEM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM ESTUDO PELO GOVERNO FEDERAL. LOC: A PROPOSTA DE REFORMA PREPARADA POR ESPECIALISTAS E TÉCNICOS FOI ENTREGUE NESTA QUINTA-FEIRA AO PRESIDENTE MICHEL TEMER. A REPORTAGEM É DE ANA BEATRIZ SANTOS. (Repórter) Atualmente, 23 milhões de beneficiários do INSS recebem um salário mínimo de benefício. Para a senadora Gleisi Hoffmann do PT do Paraná, os partidos de oposição não vão aceitar mudanças que retiram poder de compra da população mais pobre. A senadora alertou que as mudanças anunciadas na previdência, como a desvinculação do salário mínimo do benefício de prestação continuada, pago aos idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, geram um impacto cruel justamente na parcela mais pobre dos brasileiros. Gleisi Hoffmann acredita que a oposição será contrária a idade mínima de 65 anos para aposentadoria porque a medida vai prejudicar os brasileiros que começam a trabalhar cedo em atividades exaustivas, como os trabalhadores da construção civil, os agricultores e os cidadãos de regiões onde a expectativa de vida é menor. (Gleisi Hoffman) ” Quem está na construção civil, tem desgaste físico muito maior. Se tiver que esperar até 65 anos... outra coisa, tem regiões do Brasil, região nordeste , norte, que a expectativa de vida é de 68 anos. Professores, vai retirar a aposentadoria especial, a aposentadoria especial de mulheres? qual a justificativa disso? É um ajuste que não leva a realidade do povo brasileiro. Ou seja, vai fazer uma economia burra.” (Repórter). Segundo o senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, a base de apoio ao governo pretende discutir a reforma da previdência em 2017, depois dos debates sobre a PEC que limita os gastos públicos por 20 anos: (José Medeiros) “Essa discussão vai ficar para o ano. Não vai dar pra fazer as duas coisas agora , essa discussão vai ser feita para o ano. Não vai dar pra fazer as duas coisas agora, porque são temas amplamente profundos, são reformas profundas, porque não dá pra fazer os dois debates no findar do ano. Então vamos tratar a discussão da PEC primeiro e depois a gente entra na discussão da reforma da previdência. A gente têm visto algumas pessoas da oposição achando que vai ser pego da surpresa, mas o que ficou definido lá é que a gente não vai tratar agora da reforma da previdência”. (Repórter) A expectativa é que nas próximas duas semanas o presidente Michel Temer receba representantes de trabalhadores e empresários para avaliar a proposta de reforma e promova reuniões com lideranças parlamentares, antes de enviar o texto para o Congresso.

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