Senadores pedem fim da ditadura na Venezuela por meios diplomáticos
A situação social e política na Venezuela continua instável. Os conflitos desta semana deixaram dezenas de feridos e duas mortes já confirmadas. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou durante reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que o Brasil não deve intervir militarmente, mas não pode apoiar o regime autoritário de Nicolás Maduro. A reportagem é de Floriano Filho.
Transcrição
LOC: VÁRIOS SENADORES SE MANIFESTARAM NESTA QUINTA-FEIRA DURANTE REUNIÃO DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES SOBRE O CASO DA VENEZUELA.
LOC: NO GERAL, ENTENDEM QUE O BRASIL NÃO DEVE INTERVIR EM ASSUNTOS INTERNOS DE OUTROS PAÍSES. MAS NÃO PODE APOIAR A DITADURA INSTALADA EM CARACAS. A REPORTAGEM É DE FLORIANO FILHO.
TÉC: A situação social e política na Venezuela continua instável. Os conflitos desta semana deixaram dezenas de feridos e duas mortes já confirmadas. O cenário econômico, por sua vez, é caótico em meio à maior recessão da história do país. Cinco anos de retração econômica combinaram hiperinflação, aumento da pobreza e êxodo de venezuelanos para países vizinhos como Colômbia e Brasil. Em 2018, a queda do PIB venezuelano foi de 18% e segundo o Banco Mundial pode cair mais 25% este ano. A inflação venezuelana deverá chegar a 10 milhões por cento até o fim de 2019. O governo dos Estados Unidos, grande importador do petróleo venezuelano, não descarta uma intervenção no vizinho brasileiro. Mas para o senador Randolfe Rodrigues, do Rede Sustentabilidade do Amapá, o Brasil deve manter a tradição de não intervir militarmente em assuntos de outros países. Mas, segundo afirmou na reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado, não deveria apoiar o regime autoritário de Nicolás Maduro.
(Randolfe): A ditadura existente na Venezuela deve ser esgotada pelas pressões diplomáticas que o país tem que cumprir.
(Rep): O senador Flávio Bolsonaro, do PSL do Rio de Janeiro, avalia que a situação na fronteira também é alarmante.
(Flávio): A situação é muito, mas muito dramática em todos os segmentos. Seja na esfera da segurança, na esfera da saúde. Os hospitais estão tomados por venezuelanos que precisam desse atendimento.
(Rep): O senador Álvaro Dias, do Podemos do Paraná, lamentou que o Brasil tivesse emprestado tanto dinheiro para o que ele classificou como ditadura bolivariana. Venezuela, Cuba e Moçambique devem cerca de um bilhão e setecentos milhões de reais ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES.