Senadores esperam que Base Nacional Comum Curricular melhore a educação brasileira

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LOC: O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO HOMOLOGOU, NESTA QUARTA-FEIRA, A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. LOC: AS ESCOLAS TERÃO ATÉ 2020 PARA IMPLEMENTAR AS DIRETRIZES PREVISTAS NO DOCUMENTO. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TÉC: Vinte e nove anos depois de sua previsão no texto constitucional, foi homologada, pelo Ministério da Educação, a Base Nacional Comum Curricular, que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos deverão ter durante sua trajetória na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Por conta da reforma do Ensino Médio, ficou para depois o detalhamento sobre essa etapa da Educação Básica. A BNCC começou a ser construída em 2015 e recebeu cerca de 12 milhões de contribuições só no período de consulta pública. O foco da Base é no desenvolvimento de competências para uma formação integral do aluno, como destacou, em plenário, a senadora Marta Suplicy, do PMDB paulista, que é da Comissão de Educação do Senado: (Marta) Eu destaco: argumentação – para que entendam e apresentem fatos, dados, informações para construir suas formulações; uso de tecnologias digitais, comunicação, informação de modo crítico, tendo compreensão significativa, reflexiva e ética, principalmente; senso estético, valorizar e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais. (REP) Na parte da Educação Infantil, a BNCC ressalta a importância do brincar; da socialização e do desenvolvimento emocional dos bebês e crianças pequenas e também trata da transição para o ensino fundamental. Neste outro ciclo, uma ênfase especial é dada às novas tecnologias e à Língua Portuguesa: determina, por exemplo, que o processo de alfabetização seja concluído no segundo ano do ensino fundamental e prevê objetivos a serem alcançados até o final do nono ano. No tocante ao ensino religioso, a Base reforça a liberdade de consciência e crença e elege o diálogo como forma de combater preconceitos. O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, defendeu que a Base Nacional Comum Curricular venha acompanhada de práticas estruturantes, como a carreira nacional para os professores da rede pública: (Cristovam) Espero que, ao lado do currículo nacional, comecemos a ter uma estrutura nacional que, obviamente, respeite a descentralização gerencial, mas que comece a dizer que o salário do professor no Brasil deve ser de uma carreira nacional. Sem isso, nós vamos ter mais uma boa intenção sem uma estrutura que lhe sirva de base. (REP) Com a homologação pelo MEC, as redes de ensino terão de revisar e adequar seus currículos e materiais didáticos às diretrizes da BNCC. O plano é implementar a Base em todo o país até 2020. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.