Senadores divergem sobre resultados da intervenção federal no RJ — Rádio Senado
Segurança

Senadores divergem sobre resultados da intervenção federal no RJ

Os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Ana Amélia (PP-RS) têm opiniões bem diferentes sobre os resultados da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Para Viana, a decisão foi desastrosa e não resolveu o problema. Já Ana Amélia citou a redução dos casos de roubos a carteiros e veículos dos Correios para afirmar que a intervenção foi positiva.

24/10/2018, 18h09 - ATUALIZADO EM 24/10/2018, 18h54
Duração de áudio: 01:43
Rio de Janeiro -21 03 2018  Uma comissão de inspetores do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), liderada pelo chefe do GIF, General Mauro Sinott,  no Batalhão de Operacõess Policiais Especiais (BOPE) da Policia­cia Militar do Estado do Rio de Janeiro, na zona sul da cidade (Tania Rego Agencia Brasil)
Tania Rego / Agência Brasil

Transcrição
LOC: SENADORES DIVERGEM SOBRE RESULTADOS DA INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO. LOC: DECRETADA PELO PRESIDENTE MICHEL TEMER EM FEVEREIRO, A INTERVENÇÃO NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO ESTÁ PREVISTA PARA DURAR ATÉ 31 DE DEZEMBRO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: O governo federal já tem em mãos um relatório sobre a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro para ser repassado ao presidente eleito. O objetivo é que o futuro ocupante do Palácio do Planalto saiba o que já foi feito, o que ainda está em andamento e o que precisa ser mantido depois de 31 de dezembro, quando está previsto o fim da intervenção. O resultado das ações nesses oito meses divide a opinião dos senadores. Jorge Viana, do PT do Acre, lembra que há relatos de violação de direitos humanos durante a intervenção federal e avalia que a decisão foi desastrosa: (JORGE VIANA): A intervenção militar na área de segurança no Rio foi uma tragédia. Não resolveu, como não resolveria de jeito nenhum, a não ser que fosse com um espírito de cooperação, como nós queremos, na área de fronteira, com as Forças Armadas atuando com as forças de segurança do Estado, com a Polícia Federal, com a Polícia Rodoviária Federal. E não uma ação política como foi feita no Rio de Janeiro, uma ação política perversa. (MAURÍCIO): Já a senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, destacou a redução dos índices de criminalidade e citou como exemplo a diminuição dos casos de roubos a carteiros e veículos dos Correios. Ela ressaltou ainda o compromisso dos comandantes militares com a democracia: (ANA AMÉLIA): Os comandantes militares têm o compromisso reafirmado com a democracia, com a estabilidade, com a legalidade e com a institucionalidade do País. Não há outra forma! Eles têm essa convicção e têm reafirmado esses compromissos democráticos. Nós não podemos querer criar um fantasma que não vai se afirmar nem trazer tranquilidade à Nação. (MAURÍCIO): Enquanto durar a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, o Congresso fica impedido de analisar qualquer mudança na Constituição, como é o caso da reforma da Previdência. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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