Senadores divergem sobre uso dos fundos eleitoral e partidário no combate a covid-19 — Rádio Senado
Pandemia

Senadores divergem sobre uso dos fundos eleitoral e partidário no combate a covid-19

Senadores de diferentes partidos pediram a votação de projetos que repassam os recursos dos fundos eleitoral e partidário para ações de combate ao coronavírus. Os de autoria de Lasier Martins (Podemos-RS) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) garantiriam um reforço de R$ 3 bilhões para a área da saúde. Mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que os recursos do Fundos bancam a democracia e não são significativos se comparados aos R$ 500 bilhões gastos pelo governo. Em meio à divergência, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu a votação do projeto que torna facultativo aos dirigentes partidários a doação dos recursos dos fundos. As informações são da repórter Hérica Christian.

16/04/2020, 15h55 - ATUALIZADO EM 16/04/2020, 19h08
Duração de áudio: 02:23
Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DIVERGEM SOBRE POSSÍVEIS REPASSES DOS FUNDOS PARTIDÁRIO E ELEITORAL PARA AÇÕES DE COMBATE AO CORONAVÍRUS. LOC: AO CITAR A APROVAÇÃO DE DIVERSOS PROJETOS QUE TRATAM DA PANDEMIA, PRESIDENTE DO SENADO DEFENDE RECURSOS PARA A DEMOCRACIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC (0416C05 - Hérica - Davi A - Alessandro V - Votação repasse dos fundos T: 2’23’’) Senadores de diversos partidos têm feito apelos recorrentes para o Plenário votar projetos que transfiram os recursos dos Fundos Partidário e Eleitoral para ações de combate ao coronavírus. Lasier Martins, do Podemos do Rio Grande do Sul, e Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, insistem que R$ 3 bilhões destinados às legendas poderiam ser repassados para a área da Saúde. Sob o argumento de que a democracia precisa de financiamento, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, defendeu a manutenção dos Fundos Partidário e Eleitoral. Ele citou que o Congresso Nacional aprovou diversos projetos relacionados ao coronavírus e que um eventual “reforço” dos Fundos não significa muito nos gastos já feitos pelo governo. (Davi) Estamos nós todos aqui defendendo a vida dos brasileiros aprovando matérias importantes, apoiando o governo nas ações fundamentais. Mais de R$ 500 bilhões já foram disponibilizados e recursos para apoiar as empresas, para apoiar os empregos dos brasileiros e para cuidar da vida dos brasileiros. Da mesma forma que eu continuarei defendendo a vida dos brasileiros, vamos defender a vida da democracia. REP: Em meio às divergências, o senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, pediu a votação do projeto que faculta às próprias legendas fazerem os repasses dos Fundos Partidário e Eleitoral para o Fundo Nacional de Saúde. (Alessandro) O projeto de lei 870, que não faz uma transferência compulsória desse fundo, obrigatória, não é demagogia e nem faz um ataque compulsória à democracia. Ele abre apenas a possibilidade para que as direções partidárias possam transferir voluntariamente esses recursos de volta para a União para que se faça o combate. E aqueles que acham que o Fundo Eleitoral é indispensável morrem abraçados com o Fundo. Aqueles que entenderem que é possível fazer neste momento campanha eleitoral de uma forma mais simples, mais humilde, mais pé no chão, mais barata, fazem a transferência dos recursos. REP: Apesar de estarem no Plenário, os projetos que repassam os recursos dos Fundos Eleitoral e Partidário para o Fundo Nacional de Saúde ainda não têm data para serem votados. PLNs 870/2020, 1123/2020 e 772/2020

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