Senadores divergem sobre reforma administrativa a ser encaminhada pelo governo — Rádio Senado
Reforma Administrativa

Senadores divergem sobre reforma administrativa a ser encaminhada pelo governo

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a proposta do governo para a reforma administrativa será enviada ao Congresso em até duas semanas. O projeto não deve afetar direitos dos atuais funcionários públicos. Alvaro Dias (Podemos-PR) afirmou que vai esperar o documento para uma análise mais profunda, mas se disse favorável a um enxugamento do Estado. Para o senador Rogério Carvalho (PT-SE), no líder do partido na Casa, a proposta do governo federal vai acabar com o Estado organizado. A reportagem é de Pedro Pincer, da Rádio Senado.

04/02/2020, 19h06 - ATUALIZADO EM 04/02/2020, 19h06
Duração de áudio: 02:08
Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa. \r\rParticipam:\rsenador Telmário Mota (Pros-RR);\rsenador Rogério Carvalho Santos (PT-SE);\rsenador Jorge Kajuru (Cidadania-GO); \rsenador Alvaro Dias (Podemos-PR).\r\rFoto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy

Transcrição
LOC: SENADORES DIVERGEM SOBRE REFORMA ADMINISTRATIVA A SER ENCAMINHADA PELO GOVERNO LOC: ENQUANTO ALVARO DIAS CONSIDERA IMPORTANTE O ENXUGAMENTO DO ESTADO, ROGÉRIO CARVALHO PEDE MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE CONTRA POSSÍVEIS MUDANÇAS. REPÓRTER PEDRO PINCER. (TÉC): Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a proposta do governo para a reforma administrativa será enviada ao Congresso em até duas semanas. O projeto não deve afetar direitos dos atuais funcionários públicos. Guedes acredita ser possível incluir algum tipo de avaliação de desempenho que dê elementos ao desligamento de servidores, ainda que isso possa aumentar a resistência ao texto. Previsto no artigo 41 da Constituição, os mecanismos de avaliação nunca foram implantados. O senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, afirmou que vai esperar o documento para uma análise mais profunda, mas se disse favorável a um enxugamento do Estado. (Alvaro Dias) Nós temos que enxugar a administração pública, não só o Executivo, também o Legislativo, por isso tenho advogado o enxugamento, um Legislativo mais enxuto, mais competente, mais qualificado, capaz de recuperar a credibilidade diante da opinião pública brasileira. Isso vai exigir cortar na própria carne, nós temos que reduzir o número de senadores, o número de deputados, e essa é uma tarefa complexa (Repórter) Para o senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, líder do partido na Casa, a proposta do governo federal vai acabar com o Estado organizado. Ele afirma que a oposição vai ficar atenta e vai mobilizar a sociedade em defesa do Estado. (Rogério Carvalho) O governo pretende, de uma vez por todas, acabar com o que ainda temos de Estado brasileiro organizado. Então, precisa ficar muito atento, ver o que é que vai chegar aqui e mobilizar a sociedade para que ela assuma a defesa do Estado, porque a ausência de Estado a gente já viu o que é que acontece. (Repórter) De acordo com a Instituição Fiscal Independente do Senado, os servidores ativos custaram R$ 153 bilhões aos cofres públicos em 2018. Foi mais da metade das despesas de pessoal do governo federal, que também incluem o pagamento de aposentados e pensionistas e chegaram a R$ 253 bilhões naquele ano. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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