Senadores divergem sobre o assunto

LOC: A NECESSIDADE DE UMA REFORMA DA PREVIDÊNCIA NÃO É CONSENSO ENTRE OS SENADORES. LOC: ARMANDO MONTEIRO, DO PTB DE PERNAMBUCO, E FRANCISCO DORNELLES, DO PP DO RIO DE JANEIRO, DEFENDEM MUDANÇAS NO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO. JÁ PAULO PAIM, DO PT GAÚCHO, ACREDITA QUE UMA NOVA REFORMA É DISPENSÁVEL. No início do mês de fevereiro, o governo federal anunciou uma queda de 4,5 por cento no déficit da Previdência Social de 2009 para 2010. A expectativa é a de que o rombo de 44 bilhões e trezentos milhões de reais caia mais em 2011. Por isso, o governo federal ainda não sinalizou com uma nova reforma da previdência. O que preocupa o senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, é a situação da previdência ao longo dos anos (MONTEIRO): a sustentabilidade do sistema atual dependerá em grande medida da capacidade da sociedade brasileira de promover os aperfeiçoamentos necessários, sob pena de o estado brasileiro não poder financiar os gastos crescentes da previdência nos próximos anos. (MAURÍCIO): O senador Francisco Dornelles, do Rio de Janeiro, disse que o partido dele, o PP, defende que a reforma da previdência aconteça agora, mas com reflexos apenas no futuro (DORNELLES): O Partido Progressista entende que qualquer reforma da Previdência somente venha a alcançar aqueles que entrarem no mercado de trabalho após a publicação da legislação específica. (MAURÍCIO): Já o senador petista Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, voltou a afirmar que as contas da previdência não estão no vermelho. Ele acha desnecessária uma nova reforma no setor, mas defende uma alteração: o fim do fator previdenciário, que reduz o valor dos benefícios daqueles que se aposentam mais cedo: (PAULO PAIM): Entendo que nós não precisamos de uma reforma previdenciária. Precisamos, sim, acabar com o fator previdenciário. Lamentavelmente, a Previdência Social, em especial o Regime Geral da Previdência, tornou-se alvo de manobras contábeis que passam à opinião de que o sistema está falido. (MAURÍCIO): Para o senador Paulo Paim, o Congresso Nacional deve aprovar uma proposta dele que impede o governo de usar os recursos da seguridade social em outros programas, como acontece hoje.