Senadores divergem sobre apoio para reforma da Previdência — Rádio Senado
Previdência

Senadores divergem sobre apoio para reforma da Previdência

Ao tomar posse no ministério da Economia, o ministro Paulo Guedes afirmou que a reforma da Previdência é a prioridade do governo. A nova proposta ainda não foi apresentada, mas senadores da base e da oposição já comentam como será a votação.

03/01/2019, 18h16 - ATUALIZADO EM 04/01/2019, 12h29
Duração de áudio: 02:17
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Gabriel Ramos

Transcrição
LOC: AO TOMAR POSSE NO MINISTÉRIO DA ECONOMIA, O MINISTRO PAULO GUEDES AFIRMOU QUE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA É A PRIORIDADE DO GOVERNO. LOC: A NOVA PROPOSTA AINDA NÃO FOI APRESENTADA, MAS SENADORES DA BASE E DA OPOSIÇÃO JÁ COMENTAM COMO SERÁ A VOTAÇÃO. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. Téc: Classificando o modelo da atual previdência brasileira como uma “fábrica de desigualdades” durante seu discurso de posse, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a reforma da previdência é a prioridade do novo governo. E disse que se a votação no Congresso for bem-sucedida, num período definido de 2 ou 3 meses, o Brasil terá 10 anos de crescimento sustentável pela frente. A confiança no economista e atual ministro da Economia foi declarada pela senadora eleita por Mato Grosso do Sul, Soraia Thronicke, do PSL. Ela, que assume o mandato no Senado no dia 1º de fevereiro, disse que está estudando o assunto e vai apoiar a proposta. (Soraia Thronicke) Ele nos explanou pontos bastantes interessantes, inclusive um que eu sempre defendi que é o da capitalização, mas a forma como ele vai tocar a Previdência que está em andamento e nova eu acho assim vai ser fantástico, estou me debruçando sobre o assunto como a bancada já se reuniu e nas mãos de Paulo Guedes eu embarco tranquilamente, porque para mim não tem melhor economista do que ele hoje no Brasil. (Repórter) Por outro lado, o senador da oposição, Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, acredita que a proposta a ser apresentada pelo novo governo vai prejudicar apenas os mais pobres. E disse que a votação no Congresso será o primeiro grande teste de Jair Bolsonaro. (Lindbergh Farias) Esse Paulo Guedes não vai fazer nenhuma proposta flexível. Proposta que estão falando aí que vai desvincular benefícios sociais do salário mínimo. Então a nossa opinião é que vem por aí é uma proposta muito radical que vai atingir os mais pobres. Então nós não acreditamos que vai vir uma proposta flexível. Eu acho que esse vai ser o teste do governo porque eu acho que a lua de mel desse governo vai acabar quando eles apresentarem a proposta da previdência. (Repórter) Paulo Guedes adiantou que, caso a reforma da Previdência não seja votada, há um plano B previsto: a apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para desindexar e desvincular todas as despesas do orçamento, dando maior liberdade ao Parlamento para redirecionar os gastos da União. Hoje, fazem parte das despesas vinculadas os gastos com saúde e educação, que têm percentuais mínimos de repasses garantidos pela Constituição. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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