Senadores discutiram falhas no Enem, salário mínimo e preconceito — Rádio Senado

Senadores discutiram falhas no Enem, salário mínimo e preconceito

LOC: O SENADO APROVOU NESTA SEMANA A INCLUSÃO DE OUTRAS VACINAS NO CALENDÁRIO BÁSICO E O DIREITO A FOLGA PARA EXAMES PREVENTIVOS DE CÂNCER. LOC: ALÉM DA VOTAÇÃO DE PROJETOS NA ÁREA DE SAÚDE, OS SENADORES DISCUTIRAM AS FALHAS NO ENEM, SALÁRIO MÍNIMO E PRECONCEITO. TÉC: Os problemas no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, levaram o ministro Fernando Haddad a prestar esclarecimentos na terça-feira na Comissão de Educação do Senado. Haddad garantiu que o calendário do Enem vai ser mantido e que serão aplicadas novas provas aos estudantes que foram prejudicados pelas falhas de impressão. O ministro da Educação disse que a meta é corrigir os erros e garantir os direitos dos estudantes. (HADDAD) O Enem é um projeto muito importante para a educação brasileira e deve com toda nossa energia ser preservado. (REPÓRTER) A audiência com o ministro Fernando Haddad foi pedida pela senadora Marisa Serrano, do PSDB de Mato Grosso do Sul. Marisa, que também é professora, criticou o que chamou de descaso do MEC. (MARISA) Eu quero deixar claro aqui que não sou contra o Enem. Eu sou contra o descaso que vi. O estudante ficou em segundo plano. (REPÓRTER) Problemas no Enem, avanços na área de saúde. O plenário aprovou na quarta o projeto que inclui mais quatro vacinas no calendário básico de vacinação infantil. O Sistema Único de Saúde deverá ofertar gratuitamente vacinas contra pneumonia, hepatite A, meningite e catapora. Também foi aprovado pelos senadores o projeto que garante ao trabalhador até três dias de folga por ano para fazer exames preventivos de câncer. A senadora Fátima Cleide, do PT de Rondônia, destacou que a medida vai na direção do diagnóstico precoce, que aumenta a chance de sucesso no tratamento. (FÁTIMA) É importante que não haja entraves de qualquer natureza a impedir que o empregado possa realizar exames de rotina com o fim de preservação da sua vida. (REPÓRTER) O plenário aprovou dez projetos na semana, fato que foi comemorado pelo presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá. Sarney prometeu um ritmo intenso de votações até o final do ano para garantir a aprovação do Orçamento da União de 2011 dentro do prazo. (SARNEY) Nós esperamos que até o final todas as matérias que estão aí para votação transitem tranquilamente. (REPÓRTER) Por falar em Orçamento, foi aprovado na terça o relatório preliminar do projeto de lei orçamentária do ano que vem. O relator-geral, senador Gim Argello, do PTB do Distrito Federal, definiu um salário mínimo de 540 reais. Mas ele admitiu que o valor pode mudar e vai depender da negociação com o governo e sindicalistas. (GIM) A cada um real que você sobe, você está subindo mais de 600 milhões de reais. Então para isso precisa ter recurso, precisa apontar a fonte. (REPÓRTER) E não foi só o salário mínimo que foi objeto de discussão entre os senadores. Na semana do Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, repercutiram no plenário recentes manifestações de preconceito contra nordestinos, negros, pobres e homossexuais. A senadora Ideli Salvatti, do PT de Santa Catarina, chamou atenção para um caso em seu estado. ¿Hoje qualquer miserável tem um carro¿, disse o jornalista Luiz Carlos Prates num comentário na TV, ao atribuir os problemas no trânsito à popularização do automóvel. Em discurso na quinta-feira, Ideli Salvatti advertiu que um país democrático não pode aceitar manifestações preconceituosas. (IDELI) Não podemos permitir que os preconceituosos, os que acham que o mundo foi feito para meia dúzia e não para todos, que estes dominem, ajam e não sejam punidos. (REPÓRTER) A senadora também se disse chocada com a notícia de que um grupo nazista fazia ameaças ao senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, autor do Estatuto da Igualdade Racial.
19/11/2010, 11h16 - ATUALIZADO EM 19/11/2010, 11h16
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