Senadores destacam preconceito e desigualdade de gênero em reflexão sobre o mês da mulher — Rádio Senado
Dia Internacional da Mulher

Senadores destacam preconceito e desigualdade de gênero em reflexão sobre o mês da mulher

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado internacionalmente em 8 de março, senadores fazem reflexão sobre as desigualdades de gênero. As soluções apontadas pelos parlamentares para encontrar a paridade de direitos entre os sexos foi a representatividade feminina na política e o investimento em educação. As informações com a repórter Raquel Teixeira.

13/03/2020, 16h21 - ATUALIZADO EM 13/03/2020, 16h21
Duração de áudio: 02:28
Neste mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher (no dia 8), o Senado e a Câmara promoverão uma série de atividades — como palestras e oficinas —no âmbito do Março Mulheres 2020. 

A partir dos temas empoderamento e superação, serão discutidas as diversas formas de participação da mulher na sociedade.

Durante a campanha Voz e Vez da Mulher, entre 10 e 31 de março, ocorrerá com a instalação de cinco painéis na Casa, em locais onde serão coletadas manifestações de mulheres que atuam no Senado. 

Em destaque, senadora Zenaide Maia (Pros-RN). 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: COMEMORAÇÕES DO DIA DA MULHER PROVOCAM REFLEXÃO SOBRE DESIGUALDADE DE GÊNERO, PRECONCEITO E FALTA DE REPRESENTATIVIDADE NA POLÍTICA. LOC: E DADOS DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DAS NAÇÕES UNIDAS COMPROVAM QUE, APESAR DE ESTUDAREM MAIS, AS MULHERES AINDA RECEBEM SALÁRIOS MENORES QUE OS DOS HOMENS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. TÉC: Entre 160 países, o Brasil está na posição de número 94 quando o assunto é paridade salarial. Pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, divulgada no ano passado, aponta que a renda nacional bruta per capita das mulheres é 42,7% menor que a dos homens, apesar de elas apresentarem escolaridade e média de anos de estudo maiores. O senador Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, explica que a Constituição Federal prevê direitos iguais para todos, mas isso ainda não acontece. (CONTARATO) A constituição federal de 88 consagra que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, mas nós sabemos que na prática isso não existe. Nós temos um histórico muito triste, apenas em 1932 a mulher teve direito ao voto. Até a reformulação do novo código civil a mulher era considerada semi-incapaz. Isso tudo é fruto de um Brasil preconceituoso, sexista, misógino, racista. Rep: E a senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, afirma que a participação feminina na política é a solução para acabar com a diferença de tratamento entre os sexos. (ZENAIDE) A única maneira de nós mulheres brasileiras nos empoderarmos é ocupar os locais de mando e é concorrendo aos cargos aqui no congresso, pense numa casa que tem poder. É através da política. Se candidatem, a vereadora, a prefeita, porque não? Rep: Já o senador Dário Berger, do MDB de Santa Catarina, defende que a educação ainda é a melhor forma de enfrentar os problemas da desigualdade. (DÁRIO) É preciso deixar claro que o lugar da mulher é onde ela quiser. Espero que tenhamos cada vez mais mulheres vencendo os preconceitos e abrindo os olhos da população, para que juntos possamos vencer essa desigualdade tão marcante e gritante. Rep: Berger ainda celebrou a conquista de duas pesquisadoras brasileiras da Universidade de São Paulo, Ester Sabino e Jaqueline Góes de Jesus, que coordenaram a pesquisa que sequenciou o genoma do Coronavírus em apenas 48 horas, enquanto outros países realizaram o mesmo procedimento em cerca de 15 dias. A equipe delas na USP trabalha com o sequenciamento de vírus desde 2016 e já ajudou em trabalhos com surtos virais como o do zika e da febre amarela. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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