Senadores destacam pontos polêmicos da Reforma da Previdência — Rádio Senado
Reforma da Previdência

Senadores destacam pontos polêmicos da Reforma da Previdência

Apesar de terem elogiado a Reforma da Previdência no quesito do fim dos privilégios, diversos senadores questionaram alguns pontos. O senador Angelo Coronel (PSD-BA) criticou o aumento da idade para 60 anos e a contribuição de 20 anos para trabalhadores rurais. Já o senador Alessandro Vieira (PPS-SE) se manifestou contrariamente à redução no valor do Benefício de Prestação Continuada.

21/02/2019, 20h31 - ATUALIZADO EM 21/02/2019, 20h34
Duração de áudio: 02:04
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DESTACAM PONTOS POLÊMICOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA QUE DEVERÃO SER MODIFICADOS. LOC: ENTRE ELES ESTÃO A APOSENTADORIA RURAL E A REDUÇÃO DO BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (TÉC): A Reforma da Previdência ainda não tem data para chegar ao Senado, mas alguns pontos serão alvo de ajustes caso não sejam modificados na Câmara dos Deputados. Um dos mais polêmicos é a aposentadoria rural. O governo propôs uma idade mínima de 60 anos para homens e mulheres e 20 anos de tempo de contribuição com uma alíquota de 1,7% sobre o valor de venda da produção agrícola. O senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, argumentou que o trabalhador rural sequer consegue ter uma renda da própria produção. (Angelo Coronel) Principalmente no Nordeste, uma agricultura de subsistência, onde é quase até difícil você mesurar hoje quantos conseguem auferir um salário mínimo de ganho. Então, nós temos que pensar muito nisso. A realidade do trabalhador rural no Nordeste não pode ser tratada como a de um trabalhador rural de um centro mais evoluído, como São Paulo. (Repórter): Outro ponto polêmico da Reforma da Previdência foi o aumento da idade de 65 para 70 anos para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada para idosos carentes. Mas a proposta prevê uma ajuda de R$ 400 mensais para aqueles a partir dos 60 anos. Já as pessoas com deficiência continuarão recebendo um salário mínimo. O senador Alessandro Vieira, do PPS de Sergipe, avalia que a redução no valor do BPC não significará economia para o governo. (Alessandro) Ela traz pontos muito positivos. É realmente a primeira proposta que ataca alguns privilégios, que chega ao andar de cima e isso é muito importante e deve ser reconhecido. Mas tem problemas, especialmente, quando faz a redução do BPC a um patamar muito baixo, que leva para miséria uma grande gama de idosos que hoje dependem desse recurso. E nós imaginamos que a economia não seja tão grande. Então, esse é só um ponto a ser tratado. (Repórter): Os senadores também questionaram as mudanças nas aposentadorias especiais dos professores e policiais, que terão aumento na idade mínima e no tempo de contribuição. E cobraram mudanças na aposentadoria dos policiais e bombeiros militares e das Forças Armadas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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