Senadores denunciam mau aproveitamento de hidrovias e pedem redução nos fretes — Rádio Senado
Transporte

Senadores denunciam mau aproveitamento de hidrovias e pedem redução nos fretes

Senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) reclamaram do alto preço dos fretes hidroviários nacionais e internacionais. Para a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), o custo do transporte marítimo pelo Canal do Panamá, por exemplo, está tirando a competitividade de commodities brasileiras como soja e minérios. O senador Valdir Raupp (MDB-RO) apontou a contradição do preço dos fretes nas próprias hidrovias brasileiras. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais detalhes.

07/08/2018, 13h31 - ATUALIZADO EM 07/08/2018, 15h03
Duração de áudio: 02:07
diegograndi/istockphoto

Transcrição
LOC: SENADORES PEDIRAM MELHOR USO DO POTENCIAL HIDROVIÁRIO BRASILEIRO E ESFORÇOS PARA REDUZIR O CUSTO DOS FRETES NACIONAIS E INTERNACIONAIS. LOC: O ASSUNTO FOI TRATADO NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) O principal destino da soja e minérios exportados pelos estados do Norte e do Centro Oeste do Brasil é a China. A logística mais eficiente e econômica para transportar essas commodities seria usar hidrovias e ferrovias cruzando o território brasileiro no sentido sul-norte. Depois, embarcar a carga em grandes navios nos portos de Belém ou Manaus, por exemplo, e cruzar o Canal do Panamá para chegar ao Oceano Pacífico. Anualmente, cerca de 14 mil embarcações cruzam os 82 quilômetros do canal, que foi ampliado em 2016. O volume representa 5% do comércio marítimo mundial. Mas durante reunião da Comissão de Relações Exteriores, a senadora Kátia Abreu, do PDT do Tocantins, reclamou que o alto preço do frete pelo Canal do Panamá vem tirando a competitividade dos produtos brasileiros. (Kátia Abreu) São preços elevadíssimos pela falta de alternativa de passagem com custo mais barato para os países da Ásia. (Repórter) O senador Valdir Raupp, do MDB de Rondônia, concordou, mas afirmou que outro absurdo é o preço dos fretes nas próprias hidrovias brasileiras. (Valdir Raupp) O frete das (...) balsas do rio Madeira de Porto Velho a Manaus, que são 800 quilômetros, é mais caro do que levar uma carga (...) de Porto Velho a Curitiba ou a São Paulo (...). (Repórter) Kátia Abreu também lembrou que apesar do potencial hidroviário brasileiro ser muito maior que o dos Estados Unidos, os norte-americanos transportam 100% de suas commodities pelo rio Mississipi. Os senadores aprovaram na reunião da Comissão de Relações Exteriores uma emenda alterando aspectos administrativos da União Internacional de Telecomunicações. PDS 63/2018

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