Covid-19: senadores defendem medidas econômicas e não apenas de saúde — Rádio Senado
Pandemia

Covid-19: senadores defendem medidas econômicas e não apenas de saúde

Senadores defendem medidas imediatas para combater efeitos do coronavírus não apenas na saúde da população, mas na economia. Tasso Jereissti (PSDB-CE) sugere destinar emenda do relator do orçamento para o Poder Executvo. Humberto Costa (PT-PE) pede a suspensão do Teto de Gastos, abono para o salário mínimo, inclusão de pessoas no Bolsa Família e ampliação de recursos para o SUS. A reportagem é de Bruno Lourenço.

17/03/2020, 15h45 - ATUALIZADO EM 17/03/2020, 15h50
Duração de áudio: 02:52
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Rodrigo Noronha Bellizzi/Stockphotos

Transcrição
LOC: O GOVERNO ANUNCIOU UM PACOTE DE MEDIDAS EMERGENCIAIS QUE TEM O OBJETIVO DE INJETAR CERCA DE 150 BILHÕES DE REAIS NA ECONOMIA. LOC: A REDUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA POR CONTA DO CORONAVÍRUS PREOCUPA E NOVAS MEDIDAS ESTÃO EM ESTUDO. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO: TÉC: Entre as medidas anunciadas pelo governo para injetar cerca de 150 bilhões de reais na economia estão a antecipação da segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para maio, a antecipação do abono salarial para junho e a transferência de recursos não sacados do PIS/Pasep para o FGTS, de forma a permitir nova liberação de saques. O governo também vai implementar ações para facilitar a renegociação de dívidas e aumentar o crédito na praça. O senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, disse por meio de uma rede social que outra forma rápida de trazer dinheiro para ações de saúde e de redução dos danos econômicos poderia vir de uma forma simples, realocando os recursos que foram reservados para o relator-geral do Orçamento no Congresso Nacional. (Tasso): Basta tirar o recurso que foi alocado orçamentariamente para emenda de relator, eram 30 bi agora 20 bi, e não tem nenhum projeto altamente prioritário, e esse dinheiro ser retirado daquele item e ir para o governo federal. Seja no sentido de combate ao coronavírus seja para amainar as potenciais consequências da crise econômica na vida diária dos brasileiros. (Repórter): Já o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, criticou bastante as medidas anunciadas pelo governo. Segundo ele, apenas antecipam recursos que já são da população e são insuficientes para responder à gravidade da crise. (Humberto): Iniciar urgentemente uma política de investimentos e gastos públicos, e para que isso aconteça uma das medida mais urgentes é a suspensão, ao menos temporariamente, da emenda constitucional 95, a PEC do Gastos, que impede o aumento dos gastos públicos ano a ano mesmo com o incremento da arrecadação. (Repórter): Humberto Costa pediu ainda abono imediato para o salário mínimo, a inclusão de 3 milhões de pessoas no bolsa família e a ampliação dos recursos para o Sistema Único de Saúde. Para o combate direto à pandemia do coronavírus, o Ministério da Economia anunciou que vai destinar quatro bilhões e meio de reais do saldo do DPVAT para o SUS, vai reduzir a zero as alíquotas de importação de produtos de uso médico-hospitalar e desonerar bens produzidos internamente ou importados que sejam necessários ao combate da Covid-19.

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