Senadores defendem fim de foro privilegiado em casos de crime comum como homícidio e corrupção — Rádio Senado
Política

Senadores defendem fim de foro privilegiado em casos de crime comum como homícidio e corrupção

19/05/2016, 13h50 - ATUALIZADO EM 19/05/2016, 13h50
Duração de áudio: 02:01
Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF

Transcrição
LOC: SENADORES DEFENDEM FIM DE FORO PRIVILEGIADO PARA PARLAMENTARES, MINISTROS E AUTORIDADES, EM CASOS DE CRIME COMUM, COMO HOMICÍDIOS E CORRUPÇÃO. LOC: UMA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO COM ESTE OBJETIVO ESTÁ EM ANÁLISE NA COMISSÃO E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. REPÓRTER GEORGE CARDIM. TÉC: Segundo o Ministério Público Federal, atualmente mais de 20 mil autoridades têm direito a foro privilegiado no Brasil. Com isso, por exemplo, os crimes cometidos pelo presidente da República, ministros de Estado, deputados e senadores e pelo procurador–geral da República só podem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Já os deputados estaduais, governadores e desembargadores são investigados pelo Superior Tribunal de Justiça. Para tentar acabar com possíveis privilégios e garantir um tratamento igual perante a lei, o senador Álvaro Dias, do PV do Paraná, defendeu a votação de uma proposta de mudança na Constituição que acaba com a prerrogativa para políticos, juízes e autoridades que praticarem crimes comuns, como corrupção, homicídio e obstrução da Justiça. (Dias) “Para que a Justiça seja realmente igual para todos, não há razão da prevalência do foro privilegiado, o chamado foro de prerrogativa. Por que essa distinção? Por que esse privilégio? Não vemos razão que justifique esse privilégio. Aliás, o mundo não vê razão” (Cardim) O senador Reguffe, do Distrito Federal, apoiou a iniciativa. (Regufe) “Eu penso que todos os brasileiros devem ser iguais perante a lei e todos devem ter tratamento igual. Alguns falam assim: "Ah, mas isso vai deixar na mão de um juiz de primeira instância?". Bom, mas todos os brasileiros estão na mão de um juiz de primeira instância. Que desconfiança é essa com juízes de primeira instância? Não, nós temos que acreditar nas instituições brasileiras, nós temos que acreditar no Poder Judiciário” (Cardim) A Proposta de Emenda à Constituição está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e deve ser aprovada em dois turnos de votação antes de seguir para o plenário do Senado. Da Rádio Senado, George Cardim PEC 10/2013

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