Senadores debatem volume de recursos gastos com dívida pública — Rádio Senado
Orçamento

Senadores debatem volume de recursos gastos com dívida pública

O volume de recursos gastos para amortização da dívida pública foi debatido na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), nesta terça-feira (13). A proposta de Orçamento que o governo enviou ao Congresso (LOA 2017) prevê a utilização de quase 48% da arrecadação em pagamento de juros e amortizações da dívida pública. O senador Álvaro Dias (PV-PR) manifestou sua preocupação com o volume de gastos com juros e serviços. O relator da proposta, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), explicou que a postura do governo em limitar os gastos e apresentar um orçamento realista cria uma confiança no mercado que induz à redução dos juros.

14/09/2016, 18h00 - ATUALIZADO EM 14/09/2016, 18h20
Duração de áudio: 02:10
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Transcrição
LOC: A DISCUSSÃO SOBRE O VOLUME DE DINHEIRO QUE É GASTO COM A DÍVIDA PÚBLICA CONTINUA SENDO UM TEMA MUITO DEBATIDO NA POLÍTICA ECONÔMICA DO PAÍS. LOC: SEGUNDO O GOVERNO, O AJUSTE FISCAL É PARTE FUNDAMENTAL NA DEMONSTRAÇÃO DE RESPONSABILIDADE, PARA LEVAR À DIMINUIÇÃO DOS ENCARGOS DA DÍVIDA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) A proposta de Orçamento que o Governo enviou ao Congresso prevê que quase 48% da arrecadação será utilizado em pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Embora já se preveja um viés de crescimento de 1 a 1,6% para 2017, as contas do governo estão muito apertadas. O senador Álvaro Dias, do PV do Paraná, manifestou sua preocupação com tal volume de gastos com juros e serviços: (Alvaro Dias) A dívida pública brasileira alcança hoje mais de 3 trilhões e 900 bilhões, quase 4 trilhões de reais. O governo brasileiro gasta 1 trilhão e 328 bilhões de reais. Metade do que o país arrecada vai para o pagamento de juros e serviços da dívida pública: (Repórter) Aos quase 1 trilhão e 300 bilhões em amortizações e serviços, ainda devem ser acrescentados mais 339 bilhões em juros. O relator do projeto da LOA de 2017, senador Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, explica que a postura do governo em limitar os gastos e apresentar um orçamento realista, cria uma confiança no mercado que induz à redução dos juros: (Eduardo Braga) Nós precisamos gastar menos do nosso fiscal com juros. Mas essa equação só fecha se houver uma percepção de que o Brasil terá uma redução no déficit fiscal. (Repórter) Cada redução de 1% na taxa de juros permite ao governo economizar mais 14 bilhões de reais. O ministro do planejamento, Dyogo Oliveira, que esteve no Congresso para explicar o Orçamento de 2017, detalhou o mecanismo: (Dyogo Oliveira) Nós temos uma taxa de juros elevada e estamos trabalhando para criar condições para que essa taxa de juros caia. Nós até nem gostamos muito de nos manifestar a respeito disso, porque a autonomia sobre isso é total e completa do Banco Central. O que nos cabe enquanto preparação do orçamento é fazer um orçamento que transmita a segurança, a credibilidade e isso contribuirá para a solidez fiscal do país. (Repórter) O governo estima que em 2017 o Produto Interno Bruto seja de 6 trilhões e 821 bilhões de reais.

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