Senadores da CDH irão acompanhar investigações sobre chacina em Colniza — Rádio Senado
Direitos Humanos

Senadores da CDH irão acompanhar investigações sobre chacina em Colniza

26/04/2017, 14h11 - ATUALIZADO EM 26/04/2017, 14h11
Duração de áudio: 02:06
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS VÃO À COLNIZA, MATO GROSSO, ACOMPANHAR A INVESTIGAÇÃO SOBRE A CHACINA DE TRABALHADORES RURAIS NO ÚLTIMO DIA 19. LOC: O COLEGIADO TAMBÉM FARÁ AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O ASSUNTO. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TEC: No dia 19 de abril, nove pessoas foram torturadas e mortas em Taquaruçu do Norte, distrito de Colniza, em Mato Grosso; entre eles um pastor evangélico e trabalhadores rurais. A polícia suspeita que os crimes tenham sido cometidos por pistoleiros contratados por fazendeiros da região, marcada por conflitos agrários. Senadores da Comissão de Direitos Humanos acompanharão as investigações no local, em diligência solicitada em requerimento pela presidente do colegiado, Regina Sousa do PT do Piauí. A CDH também fará uma audiência pública sobre o assunto, por pedido do senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. Paim argumenta que a Comissão de Direitos Humanos do Senado tem o dever de acompanhar o caso: (Paim) O mundo acompanhou o massacre e o mundo há de se perguntar: ‘não fizeram nem sequer uma discussão na Comissão de Direitos Humanos para ver o que aconteceu? Quem foram os mandantes do crime, por exemplo?’ E a Comissão vai se pronunciar. Temos uma audiência pública marcada, e, inclusive a ida, por iniciativa da senadora Regina Sousa, de uma diligência especial até o local do fato. (Repórter) Houve um impasse, na Comissão, por conta de um terceiro requerimento, de autoria do senador Paulo Rocha, do PT do Pará, que convoca a presença do ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, e do Secretário Especial da Agricultura Familiar e de Desenvolvimento Agrário, Ricardo Roseno, em audiência pública sobre o massacre de Colniza. Senadores governistas não concordaram em votar o requerimento, pois ele não estava previsto na pauta. O líder do governo no Senado, Romero Jucá, do PMDB de Roraima, negou que haja resistência contra a presença do ministro no debate: (Jucá) É praxe nas comissões que se leia o requerimento numa sessão para que seja votada em outra sessão. O governo não tem interesse de deixar de dar informação sobre esse ou qualquer outro problema ocorrido no país. Portanto, o que eu pondero é que se leia o requerimento hoje e que na próxima sessão, nós possamos aprovar o requerimento como “convite” ao ministro e o ministro virá para prestar as informações necessárias. (Repórter) O requerimento de convocação do ministro da Casa Civil não chegou a ser lido na Comissão de Direitos Humanos. O grupo de senadores que irá acompanhar as investigações sobre o massacre de Colniza deverá ir ao município na próxima semana. RDH 37/2017 (requerimento Paulo Rocha – convocação ministro) RDH 38/2017 (requerimento Paim – audiência pública) RDH 39/2017 (requerimento Regina – diligência)

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