Senadores criticam anúncio de intervenção no estado do Rio de Janeiro — Rádio Senado
Plenário

Senadores criticam anúncio de intervenção no estado do Rio de Janeiro

16/02/2018, 11h48 - ATUALIZADO EM 16/02/2018, 11h48
Duração de áudio: 02:12
Arquivo/Ministério da Defesa

Transcrição
LOC: OS SENADORES REAGIRAM EM PLENÁRIO AO ANÚNCIO DE INTERVENÇÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA NO RIO DE JANEIRO. LOC: OS PARLAMENTARES COBRARAM MAIS INVESTIMENTOS NO SETOR E DISSERAM QUE A MEDIDA IMPEDE A VOTAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Os senadores reagiram em plenário ao anúncio de intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro. Com a medida, as Forças Armadas devem assumir o comando das polícias civil e militar no Estado. A decisão busca conter o aumento da violência. A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, lembrou que o próprio governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, admitiu falhas no planejamento e no combate à criminalidade durante o carnaval. Ana Amélia explicou que, durante a intervenção, o Congresso Nacional não poderá votar propostas de mudança na Constituição, como a Reforma da Previdência, e considerou a ação extrema e preocupante. (Ana Amélia) “Nesse caso, uma força tarefa poderia resolver o problema sem recorrer a uma força extrema que uma decretação de intervenção no Estado, sob comando militar. É preciso também, do ponto de vista institucional, que esta intervenção tenha prazo muito curto para evitar contaminação das Forças Armadas.” (Repórter) Já a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, defendeu que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica não devem fazer o policiamento das ruas. Ela lamentou os cortes no orçamento da segurança pública e na vigilância das fronteiras. Gleisi acredita que a intervenção foi anunciada para desviar o foco da Reforma da Previdência, uma bandeira do governo que não tem votos suficientes no Congresso (Gleisi Hoffmann) “O governo, inteligentemente, safadamente, resolve aceitar um pedido de intervenção militar do Rio de Janeiro, exatamente, exatamente, pra desviar a atenção e não precisar votar a Reforma da Previdência. É esta a realidade que nós estamos vivendo no país hoje” (Repórter) Se o decreto presidencial for aprovado pelos deputados e senadores, a intervenção no Rio de Janeiro será a primeira desde a Constituição de 1988.

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