Senadores comentam prêmio Nobel da Paz para presidente da Colômbia

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DA COLÔMBIA, JUAN MANUEL SANTOS, É O VENCEDOR DO PRÊMIO NOBEL DA PAZ DE 2016, MESMO APÓS O PLEBISCITO QUE REJEITOU O ACORDO COM AS FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS, AS FARC. LOC: SENADORES BRASILEIROS CONSIDERARAM O PRÊMIO JUSTO E ESPERAM QUE AINDA SE ENCONTRE UMA SAÍDA PARA QUE PREVALEÇA O ACORDO DE PAZ. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: Este ano o Comitê do Nobel recebeu um número recorde de indicações. Ao todo foram 376, sendo 228 pessoas e 148 organizações. Apesar do fracasso no plebiscito que não confirmou o acordo de paz com as FARC, Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, venceu outros nomes de peso. Eles incluíam a Defesa Civil da Síria, o Papa Francisco e a chanceler alemã Angela Merkel. Se o acordo de paz fosse confirmado no plebiscito, teria encerrado oficialmente uma guerra na Colômbia que dura 52 anos. O conflito já matou mais de 250 mil pessoas e desalojou outras seis milhões. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, acredita ainda ser possível salvar o acordo. Para isto seria necessário renegociar algumas cláusulas polêmicas como o perdão a acusados por tortura e estupros. Segundo ela, o anúncio do prêmio Nobel da Paz reforça esta possibilidade. (GRAZZIOTIN) este prêmio mostra como o presidente acertou no sentido de buscar um acordo de paz com as FARC. (Floriano) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, também afirmou que não se pode desperdiçar a oportunidade de alcançar a paz na região. Ela melhoraria a situação dos desabrigados e vítimas da guerrilha que causou uma crise humanitária de grandes proporções na América Latina. (PAIM) Este momento em que o mundo sinaliza e homenageia o presidente pelo que ele fez, isto vai avançar e fazer com que a conciliação e o entendimento prevaleça à violência. (Floriano) A premiação inclui uma medalha de ouro, um diploma e um cheque equivalente a 950.000 dólares. Ela será entregue em Oslo, na Noruega, no dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte de Alfred Nobel, criador do prêmio. Da Rádio Senado, Floriano Filho.