Senadores comentam expectativa para presidência de Donald Trump nos EUA
Transcrição
LOC: A PRESIDÊNCIA DE DONALD TRUMP QUE ASSUME NO PRÓXIMO DIA 20 DEVE TER GRANDES IMPACTOS MUNDIAIS, ATINGINDO DIRETAMENTE O MÉXICO E SUAS RELAÇÕES COM O BRASIL.
LOC: ESTA FOI UMA DAS TENDÊNCIAS APONTADAS DURANTE DEBATE QUE O SENADO BRASILEIRO REALIZOU SOBRE AS FUTURAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DOS ESTADOS UNIDOS. REPÓRTER FLORIANO FILHO:
TÉC: A expectativa quanto ao governo de Donald Trump tem gerado muitas incertezas. Além das relações com Rússia e China, a próxima presidência norte-americana tem grandes desafios pela frente. A luta contra o terrorismo, a crise humanitária dos imigrantes, a instabilidade no Oriente Médio - todas questões prioritárias. Mas Trump também prometeu concentrar sua atenção nos assuntos domésticos. Para ele, o uso de drogas e a violência dentro de casa tem relação com a imigração ilegal, sobretudo do México. Um dos efeitos colaterais da nova relação entre Estados Unidos e México no NAFTA, acordo comercial da América do Norte, poderá ser a aproximação entre aquele país latino-americano e o Brasil. A avaliação foi feita pelo senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, durante o debate na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.
(Sen Armando) Acho que essa posição dos Estados Unidos em relação à Nafta poderá resultar num processo de aceleração e de intensificação dessa maior aproximação das economias que são, em última instância, as duas maiores economias da América Latina, que são o Brasil e o México.
(REP) Armando Monteiro também lembrou que existe uma possibilidade de o Brasil avançar num acordo comercial com os Estados Unidos.
(Sen Armando) Diferente do comércio com a China, o Brasil vende para os Estados Unidos manufaturados. Portanto, acho que a perspectiva de um acordo de livre comércio poderá também oferecer oportunidades interessantes.
(REP) O senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, disse estar preocupado com o que ouviu de um professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
(Jereissati) O Trump não tem estratégia. (...) Ele não tem (...) nenhum tipo de assessoramento mais sofisticado em um governo (...) com uma dimensão tão complexa quanto o governo americano.
(REP) Durante o debate também foi destacada a importância que o Acordo Transpacífico de Comércio poderá ter para o Brasil, não só nas suas relações com os Estados Unidos, mas também com a China. Da Rádio Senado, Floriano Filho.