Senadores comentam aprovação em primeiro turno da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), parabenizou os deputados pela aprovação em primeiro turno da Reforma da Previdência. Já o líder do PT, senador Humberto Costa (PE) minimizou a vitória do governo ao citar a liberação de R$ 2,5 bilhões das emendas parlamentares para partidos da base. Mas o vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), negou a “compra de votos” ao afirmar que as emendas são impositivas, ou seja, a equipe econômica tem obrigação de liberar. Repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.
Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO MINIMIZA VITÓRIA DO GOVERNO COM A APROVAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM PRIMEIRO TURNO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
LOC: VICE-LÍDER DO GOVERNO NEGOU QUE O PALÁCIO DO PLANALTO TENHA CONQUISTADO VOTOS COM A LIBERAÇÃO DAS EMENDAS PARLAMENTARES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
TÉC: Por 379 votos favoráveis e 131 contrários, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da Reforma da Previdência. Entre as novas regras de aposentadoria estão a idade mínima de 62 anos para mulheres com 15 anos de contribuição e de 65 para homens com 20 anos de contribuição. Ao cumprimentar os deputados, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, destacou que a aprovação da Reforma vai reduzir o déficit e atrair investidores.
(Davi Alcolumbre): Eu parabenizo a Câmara dos Deputados, parabenizo o Parlamento Brasileiro que, de maneira altiva, serena e tranquila, vota uma matéria que protegerá o Brasil, incentivará os investimentos, diminuirá o déficit fiscal do Estado Brasileiro, equilibrando as contas e proporcionado a capacidade de muitos investidores de investirem no Brasil através do seu ajuste fiscal.
(Repórter): O líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, disse que a Reforma da Previdência só foi aprovada depois da liberação de R$ 2,5 bilhões das emendas parlamentares para partidos da base somente em julho. (H.Costa) O rolo compressor pesou. As emendas que seduziram muitos parlamentares tiveram peso, o toma-lá, dá-cá funcionou e agora vamos ver como é que fica a votação em segundo turno. O importante afirmar que a Reforma que está sendo votada hoje, ela nem de longe é a que o governo pretendia e nós vamos aqui no Senado fazer a nossa resistência e tentar derrotar essa proposta.
(Repórter): O vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues, do Democratas de Roraima, negou a prática da velha política criticada por Jair Bolsonaro ao afirmar que as emendas são impositivas, ou seja, a equipe econômica tem a obrigação de liberá-las.
(Chico Rodrigues) É um argumento tão frágil. O governo liberar emendas quer dizer que é compra de votos? Então, quer dizer que dois meses atrás, três meses atrás, a liberação das emendas, isso aí na verdade também foi compra de votos? Nos anos anteriores também? Eu entendo que se não puder os parlamentares apresentarem suas emendas e serem liberadas, então, está tudo errado. Então, tem que alterar a Constituição.
(Repórter): A Reforma da Previdência ainda precisa ser votada em segundo turno pela Câmara dos Deputados antes de ser enviada para o Senado. Da Rádio Senado, Hérica Christian