Senadores apoiam escolha de Fachin para relatoria da Lava Jato no STF — Rádio Senado
Lava Jato

Senadores apoiam escolha de Fachin para relatoria da Lava Jato no STF

02/02/2017, 19h46 - ATUALIZADO EM 02/02/2017, 19h46
Duração de áudio: 02:35
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Transcrição
LOC: SENADORES DE VÁRIOS PARTIDOS APOIARAM A ESCOLHA DO MINISTRO LUIZ EDSON FACHIN COMO RELATOR DA LAVA JATO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. LOC: FACHIN PEDIU PARA SER TRANSFERIDO PARA A TURMA DO TRIBUNAL QUE JULGA O PROCESSO E FOI INDICADO POR SORTEIO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) A morte de Teori Zavascki em um acidente aéreo em 19 de janeiro criou uma grande expectativa quanto aos rumos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. A segunda turma, que julga os processos, é formada pelos ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Luiz Edson Fachin, que fazia parte da primeira turma, pediu para ser transferido para a vaga de Zavascki, e foi atendido depois que os outros membros da primeira turma – Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Rosa Weber –, que têm mais tempo de Casa que Fachin, dispensaram a troca. A definição de Fachin como relator foi feita por sorteio eletrônico. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, considera que o novo relator fará um trabalho isento. (Eunício Oliveira) O ministro Fachin foi sabatinado por nós aqui, é um excelente ministro, a escolha recaiu sobre o nome dele e eu não tenho dúvida de que ele fará um grande trabalho, com critério, como fez o ministro Teori, que já não está entre nós. (Repórter) Para o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, a escolha foi a melhor possível. (Aloysio Nunes Ferreira) Eu acho o seguinte, se não fosse sorteio ele seria indicado por unanimidade, por consenso entre seus pares. Dado o perfil técnico, a tranquilidade com que se conduz, a segurança dos seus votos. De modo que é um perfil que se assemelha muito com aquele do falecido ministro Teori Zavascki. (Repórter) O líder do PP, Benedito de Lira, de Alagoas, também avalizou a escolha de Fachin como relator da Lava Jato. (Benedito de Lira) O ministro Fachin é um homem de uma estirpe extraordinária. Quando o nome dele foi indicado pela presidente Dilma para ser ministro eu aqui ajudei andando com ele nos gabinetes porque acreditamos na sua história, na sua capacidade. (Repórter) José Maranhão, do PMDB da Paraíba, que era presidente da Comissão de Constituição e Justiça quando Fachin foi sabatinado para o Supremo, em 2015, considera que ele fará um julgamento responsável e neutro. (José Maranhão) Eu acho que foi uma escolha acertadíssima. O ministro Fachin, como todo o Brasil sabe, é um homem equilibrado, sensato, firme, incorruptível. (Repórter) Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, disse esperar que o novo relator abra o sigilo das delações da lava-jato. (Randolfe Rodrigues) Dentre os nomes apresentáveis, não poderia ter melhor nome. O ministro Fachin é um ministro técnico. E que não será submetido a pressões políticas. Eu diria que nesse rol de nomes mais técnicos encaixaria-se ele e o ministro Barroso. Eu espero que a sua primeira medida seja por fim ao sigilo das investigações porque é uma investigação fundamental para o Brasil. (Repórter) Entre a morte de Zavascki e a escolha de Fachin como relator, a presidente do Supremo, ministra Carmen Lúcia, homologou 77 delações premiadas de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, mas manteve o sigilo das investigações.

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