Senadores acreditam que desânimo dos brasileiros com a Copa é consequência das crises econômica e política — Rádio Senado
Copa do Mundo

Senadores acreditam que desânimo dos brasileiros com a Copa é consequência das crises econômica e política

14/06/2018, 14h54 - ATUALIZADO EM 14/06/2018, 18h31
Duração de áudio: 03:00
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Transcrição
LOC: SENADORES ACREDITAM QUE A SELEÇÃO BRASILEIRA CHEGARÁ À FINAL NA COPA DA RÚSSIA. LOC: PARA ELES, O DESÂNIMO DOS BRASILEIROS COM O MUNDIAL É CONSEQUÊNCIA DAS CRISES ECONÔMICA E POLÍTICA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Segundo o Instituto Datafolha, 53% dos brasileiros revelaram não ter interesse na Copa da Rússia. Esse é o mais alto patamar desde a primeira pesquisa, em 1994. Na Copa de 2014, quando o Brasil sediou os jogos, o índice de desinteresse foi de 36%. Na ocasião, os torcedores citaram como motivos os gastos bilionários com estádios superfaturados e obras de mobilidade que não saíram do papel, a exemplo da ampliação de linhas de metrô e do VLT, Veículo Leve sobre Trilhos. Para a senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, o desânimo dos brasileiros com a Copa é consequência das crises econômica e política do País e da descrença em geral. (Vanessa Grazziotin) O problema maior é com esse momento difícil pelo qual passamos no Brasil. A política completamente desacreditada, as instituições desacreditadas. Ou seja, é apenas a sequência daquela outra pesquisa que mostra pouca ou quase nada de confiança não só no Legislativo, Executivo. Mas também no Poder Judiciário, também nas Forças Armadas que vem diminuindo a sua credibilidade. O povo brasileiro está muito incrédulo. (Repórter) Para o líder do governo, senador Romero Jucá, do MDB de Roraima, o desinteresse dos brasileiros pela Copa é consequência da derrota do 7 a 1 para Alemanha, e não das crises econômica e política. Ele aposta numa empolgação após as primeiras vitórias da Seleção. (Romero Jucá) Acho que a Copa não esquentou ainda. Na verdade, vamos ter jogo no domingo. E no domingo, espero que o Brasil ganhe bem. A partir daí, vai começar a se ter mais atenção. Eu acho bom porque toda vez que o Brasil saiu sem grandes expectativas foi campeão. Então, é um bom prenúncio. Não adiantava sair como favorito, achando que já ganhou e depois de uma derrota. Acho que está no caminho certo. Vamos torcer para que o Brasil possa fazer uma grande exibição. (Repórter) Embora avalie que o desânimo dos brasileiros tenha relação com a situação da economia e do trauma do último mundial, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, está confiante que o Brasil chegará à final da Copa, ao ressaltar o trabalho de Tite. (Randolfe Rodrigues) A tristeza é incompatível com o futebol. Chegamos com uma Seleção, que não está tão dependente de Neymar, como era aquela de 2014. Temos uma organização ofensiva mais eficiente e tem uma defesa que está a mais da metade dos jogos da Seleção sem sofrer gols. Estou muito otimista. Eu acho que o Brasil se insere no grupo dos cinco, seis favoritos da Copa do Mundo. Ao lado da Espanha, que está em crise agora com a queda do técnico; ao lado da Alemanha, que vem de três derrotas nos seus amistosos; ao lado da Argentina, que não podemos subestimar e que tem uma dependência muito grande de Leonel Messi. E eu diria, no segundo grupo, a Inglaterra e a Bélgica. (Repórter) O presidente do Senado, Eunício Oliveira, já avisou que os jogos da Copa não vão comprometer as votações ao longo do mundial. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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