Senador questiona imparcialidade do plano de trabalho da CPMI da JBS — Rádio Senado
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Senador questiona imparcialidade do plano de trabalho da CPMI da JBS

O relator da CPMI da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB – MS) apresenta plano de trabalho e o senador Randolfe Rodrigues (REDE Sustentabilidade – PA) estranha que o foco sejam os investigadores ao invés dos investigados. O plano de trabalho apresentado por Carlos Marun prevê a convocação prioritária de integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal que trabalham ou trabalharam na Operação Lava Jato. Randolfe Rodrigues contestou, inclusive, a falta de convocação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que foi presidente do Conselho de Administração da JBS.

20/09/2017, 14h01 - ATUALIZADO EM 20/09/2017, 14h29
Duração de áudio: 02:22
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: RELATOR APRESENTA PLANO DE TRABALHO NA CPMI DA JBS. LOC: E SENADOR ESTRANHA QUE O FOCO SEJAM OS INVESTIGADORES AO INVÉS DOS INVESTIGADOS. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TEC: Logo no início da reunião o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, o senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, leu as normas e procedimentos para o andamento dos trabalhos da CPMI. Após a saída de dois senadores que acusaram a comissão de ser chapa-branca, ele voltou a afirmar que a CPMI não vai servir como instrumento para proteger a presidência da República. Também disse que não fez dentro do Congresso nenhum compromisso de retaliação. (Ataídes) Em nenhum momento vocês vão perceber que eu estarei aqui (...) querendo passar a mão na cabeça de quem quer que seja. (REPÓRTER) Antes de apresentar o plano de trabalho, o relator da CPMI, deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul, disse que os empréstimos do BNDES para a JBS foram danosos para a economia, ao concentrar a produção e comércio de carne no país. Segundo ele vários estados e pequenos produtores foram prejudicados. (Ataídes) Em muitas localidades, esse processo de concentração suprimiu ou praticamente eliminou a concorrência, prejudicando financeiramente milhares de produtores rurais. (REPÓRTER) O plano de trabalho apresentado por Carlos Marun prevê a convocação prioritária de integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal que trabalham ou trabalharam na Operação Lava Jato. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, contestou a prioridade para investigadores ao invés do foco nos investigados. Estranhou, por exemplo, a falta de convocação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que foi presidente do Conselho de Administração da JBS. (Randolfe) Por que, da quantidade de requerimentos que tem nesta Comissão de Inquérito, (...) 61% se dirigem a membros do Ministério Público? Não se pode utilizar de um instrumento legítimo como uma CPI para obstruir a lei, para obstruir investigação. (REPÓRTER) A CPMI terá uma sub-relatoria para contratos assinados pela JBS e outra para questões tributárias e previdenciárias. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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