Serra cobra regulamentação do Conselho de Gestão Fiscal — Rádio Senado
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Serra cobra regulamentação do Conselho de Gestão Fiscal

O senador José Serra (PSDB-SP) defendeu, nesta quinta-feira (23), a necessidade de regulamentação do Conselho de Gestão Fiscal, criado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A cobrança foi feita durante audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), convocada por Serra, para discutir a importância da Lei de Responsabilidade Fiscal  para o equilíbrio das contas públicas. Na opinião do senador, “a Lei de Responsabilidade Fiscal deu os primeiros passos para uma espécie de maioridade fiscal do país”. Serra entende que a regulamentação do Conselho Fiscal pode contribuir para superar a crise.

23/11/2017, 18h41 - ATUALIZADO EM 23/11/2017, 18h55
Duração de áudio: 01:56
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião com 14 itens na pauta. Entre eles, o PLS 640/2015, que dispõe sobre o uso do cadastro ambiental para cálculo do Imposto Territorial Rural, e o PLS 744/2015, que cria linhas de crédito especial para santas casas.

Em pronunciamento, senador José Serra (PSDB-SP).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DO CONSELHO FISCAL FOI DESTACADA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS. LOC: PARA O SENADOR JOSÉ SERRA, A INICIATIVA PODE CONTRIBUIR PARA SUPERAR A CRISE. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER GUSTAVO AZEVEDO. TÉC: O senador José Serra, do PSDB de São Paulo, que solicitou a audiência pública, destacou a importância da Lei de Responsabilidade Fiscal, criada para manter o equilíbrio das contas públicas em todas as esferas de governo. Segundo ele, apesar dos avanços, a atual crise tem provocado questionamentos sobre o cumprimento da legislação, já que o Conselho de Gestão Fiscal ainda não foi regulamentado. Serra defendeu a iniciativa como mecanismo para a recuperação da recessão. (Serra) A Lei de Responsabilidade Fiscal deu os primeiros passos para uma espécie de maioridade fiscal do país. Agora, a crise fiscal dos últimos anos põe um questionamento para a efetividade da LRF. (REP) Também participou do debate o professor de uma universidade da Austrália Bhajan Grewal. Ele ressaltou as diferenças entre as experiências do Brasil e da Austrália, país que apresenta 26 anos de crescimento econômico ininterruptos. Mas lembrou que nos dois casos há desafios em relação à questão fiscal federal, estadual e municipal. Para ele, são necessárias restrições rigorosas para a eficiência da administração pública. Já o diretor da Instituição Fiscal Independente do Senado, Felipe Salto, alertou para a necessidade de uma norma para o controle de despesas dos estados. (Felipe) Para os próximos anos, se houver a adoção de uma regra similar ao teto de gastos no caso dos estados, com o controle do fluxo de despesas de pessoal e previdência, daria para ter um reequilibro da situação fiscal por região. (REP) O especialista em contas públicas, Leonardo Ribeiro, destacou que, entre 2014 e 2016, o Brasil teve uma queda de 8,7% no PIB per capita, além de problemas com a dívida pública. Para ele, é necessário cuidado maior com as despesas para que a crise não se agrave. Da Rádio Senado, Gustavo Azevedo.

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