Senado vai analisar projeto que viabiliza privatização de distribuidoras de energia — Rádio Senado
Segundo semestre

Senado vai analisar projeto que viabiliza privatização de distribuidoras de energia

O Senado vai analisar, após o recesso parlamentar, o projeto que viabiliza privatização de seis distribuidoras de energia (PLC 77/2018). A proposta, que já passou pela Câmara dos Deputados, recebeu críticas de senadores. Na visão do senador Eduardo Braga (MDB-AM), o Senado deve analisar com cautela a privatização das companhias. O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) é contra a privatização das Centrais Elétricas de Rondônia e ele já adianta que vai votar contra o projeto. Na avaliação do senador Jorge Viana (PT-AC), é preciso debater mais o tema. Ele defende deixar a votação para depois do período eleitoral.

13/07/2018, 17h38 - ATUALIZADO EM 16/07/2018, 11h25
Duração de áudio: 02:51
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Transcrição
LOC: O SENADO DEVE ANALISAR, APÓS O RECESSO, O PROJETO QUE VIABILIZA PRIVATIZAÇÃO DE SEIS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA. LOC: A PROPOSTA, QUE JÁ PASSOU PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS, RECEBEU CRÍTICAS DE SENADORES. OS DETALHES NA REPORTAGEM DE PAULA GROBA. (Repórter) A proposta aprovada na Câmara possibilita a privatização de seis distribuidoras de energia, controladas pela Eletrobras. Em junho, o BNDES já havia publicado o edital para leilão dessas empresas, e o projeto que agora será analisado pelo Senado resolve pendências jurídicas deixando mais claro o procedimento de privatização dessas companhias de energia. São elas: Amazonas Energia; Centrais Elétricas de Rondônia; Companhia de Eletricidade do Acre; Companhia Energética de Alagoas; Companhia de Energia do Piauí; e Boa Vista Energia, que atende Roraima. Segundo o governo, essas empresas são deficitárias, e a venda delas é vista como importante para viabilizar a privatização da Eletrobras. Mas na visão de alguns senadores, a proposta deve ser analisada com cautela. É o que considera o senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas. (Eduardo Braga) No caso do Amazonas, a Amazonas Energia tem uma dívida da ordem de 20 bilhões de reais. Se essa dívida não ficar absolutamente clara, quem vai pagar? vai sobrar para o consumidor que vai ter que pagar isso através de reajuste de tarifa, portanto, não é uma matéria que nós possamos botar um toque de urgência, sob pena de nós trazemos grandes prejuízos para alguns estados. (Repórter) O senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, é contra a privatização das Centrais Elétricas de Rondônia e ele já adianta que vai votar contra o projeto. (Acir Gurgacz) Principalmente aqui para Rondônia que nós precisamos de muitos investimentos e esses investimentos que não foram postados, na iniciativa privada não vai acontecer. Isso vai ser um atraso muito grande para o nosso Estado, então nós trabalharemos no Senado para não aprovar a privatização da Ceron. (Repórter) Na avaliação do senador Jorge Viana, do PT do Acre, outro estado que está na lista dos que podem ter companhias de energia privatizadas, é preciso debater mais o tema. Ele defende o adiamento da votação para depois do período eleitoral. (Jorge Viana) Eu acho que é muito precipitado para dizer o mínimo o governo federal no apagar das luzes, na véspera de uma eleição querer forçar a mão para privatizar empresas ligadas a geração e neste caso a distribuição de energia que são as seis distribuidora. Vamos tentar parar barrar essa votação até que a gente tenha um novo governo e discutir qual é a melhor política para distribuidora de energia que são dos Estados. (Repórter) Durante a votação na Câmara, foram incluídas emendas ao texto. Entre elas, a que concede gratuidade da tarifa de energia elétrica a famílias de baixa renda. A proposta vai passar por três comissões do Senado, em regime de urgência, e depois segue para o Plenário. PLC 77/2018

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