Projeto expande Fies para classe média — Rádio Senado
Covid-19

Projeto expande Fies para classe média

O senador Weverton (PDT-MA) apresentou uma proposta que expande os beneficiários do FIES enquanto durar o período de calamidade pública. Alunos com renda familiar mensal de até 12 salários mínimos poderão ser contemplados com taxas de juros reduzidas e carências de até 12 meses após a conclusão do curso para iniciar o pagamento. Em contrapartida, as Instituições de Ensino Superior ficam proibidas de demitir funcionários e professores. A reportagem é de Marcella Cunha.

09/06/2020, 17h10 - ATUALIZADO EM 09/06/2020, 17h13
Duração de áudio: 02:15
Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Transcrição
LOC: O SENADO VAI ANALISAR UM PROJETO QUE CRIA O PROGRAMA EMERGENCIAL DE APOIO AO FINANCIAMENTO DE ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR. LOC: O AUTOR DA PROPOSTA, SENADOR WEVERTON, QUER AMPLIAR AS REGRAS DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL PARA A CLASSE MÉDIA DURANTE O ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: O projeto expande para a classe média a concessão de financiamento a estudante de curso superior particular durante o período de calamidade pública. O programa emergencial vai contemplar famílias com renda mensal de até 12 salários mínimos, o que equivale a doze mil e quinhentos e quarenta reais. Segundo o autor da proposta, senador Weverton do PDT do Maranhão, a classe média vem sofrendo duramente com a diminuição salarial nesse momento de crise. (Weverton) Atualmente as regras do FIES permitem estudantes de até três salários mínimos possam ingressar no programa e a nossa ideia é neste momento difícil que o Brasil vive que esse benefício seja ampliado para família também da classe média. (REP) Terão acesso ao programa emergencial estudantes com dívidas anteriores com as Instituições de Ensino que estiverem com dificuldade no pagamento das mensalidades e alunos com bolsa de estudo parcial pelo ProUni. Além de taxas de juros reduzidas, o programa dá ao aluno doze meses após a conclusão do curso para iniciar a quitação dos débitos. O objetivo é evitar que os alunos desistam do curso por falta de pagamento devido à pandemia do novo coronavírus. Em abril, a inadimplência do Ensino Superior Privado foi 72% maior do que no mesmo mês do ano passado. É o que mostrou a Pesquisa Cenário Econômico Atual das Instituições de Ensino Superior Privadas, do Instituto Semesp. No mesmo período, houve um aumento de 32% no trancamento de matrículas e desistência dos cursos. O senador Weverton, do PDT do Maranhão, acredita que a medida vai contribuir para diminuir a evasão. (Weverton) Com isso contribuiremos para que esses estudantes terminem o seu curso e também para que as famílias tenham um fôlego a mais para poder retomar as suas plenas atividades inclusive econômicas. (REP) Como contrapartida para as instituições de ensino, que deixarão de perder um número elevado de alunos, a proposta proíbe a redução salarial e a demissão de professores e funcionários durante o estado de calamidade pública. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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