Senado poderá ter duas CPIs sobre a Amazônia — Rádio Senado
Meio Ambiente

Senado poderá ter duas CPIs sobre a Amazônia

O Senado poderá ter duas CPIs para investigar o desmatamento na Amazônia Legal. O requerimento do senador Plínio Valério (PSDB-AM) enfatiza a atuação de ONGs na região que recebem recursos públicos. Já a CPI proposta pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) quer averiguar o aumento de queimadas na Amazônia Legal e as medidas do governo para combater a destruição da floresta. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

07/11/2019, 20h59 - ATUALIZADO EM 07/11/2019, 21h06
Duração de áudio: 02:21
Foto: Vinícius Mendonça/Ibama

Transcrição
LOC: SENADO PODERÁ TER UMA CPI PARA INVESTIGAR ONGS QUE ATUAM NO MEIO AMBIENTE E OUTRA PARA ACOMPANHAR O DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. LOC: PARA SEREM INSTALADAS, OS LÍDERES PARTIDÁRIOS DEVERÃO INDICAR OS NOMES QUE VÃO ATUAR NAS DUAS COMISSÕES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: O requerimento do senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, pede a criação de uma CPI para investigar o aumento do desmatamento na Amazônia Legal no período de janeiro de 2018 a agosto de 2019 e analisar os impactos da suspensão do Fundo Amazônia. Segundo Plínio Valério, a comissão também vai averiguar o repasse de recursos públicos para Organizações Não Governamentais e para as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, as chamadas OSCIPs. Plínio Valério explicou que o foco da CPI serão denúncias do gasto irregular de recursos públicos repassados para as ONGs que atuam na Amazônia. (Plínio) Denúncias de que arrecadam muito dinheiro e o benefício não chega na ponta. A gente vai partir das denúncias. Mas eu quero deixar bem claro que o objetivo não é, não foi nem será o de demonizar ONGs, estigmatizar ONGs. A gente quer apurar denúncia contra aquelas ONGs que não cumprem com o seu papel. REP: Já a CPI proposta pelo senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, propõe investigar o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia Legal no período de janeiro a agosto deste ano e identificar os responsáveis. Segundo ele, a Comissão vai avaliar se há omissão do governo e a estrutura existente para o combate à destruição da floresta e analisar a contratação de empresa privada de monitoramento. Randolfe Rodrigues destacou que as duas CPIs são complementares. (Randolfe) Elas não se conflitam. O objeto primeiro principal do senador Plínio é a atuação das organizações não-governamentais. O nosso é investigar as causas do aumento do desmatamento na Amazônia. O nosso é investigar porque em decorrência do aumento do desmatamento nós tivemos o aumento também dos focos de incêndio. Então, não terá conflitos. Eu acho que as duas poderão trazer uma importante contribuição para que tragédias como esta que ocorreu neste ano do aumento desmatamento não volte a acontecer. REP: As duas CPIs terão o prazo de 120 dias de funcionamento após a instalação, que depende da indicação dos 11 titulares e 7 suplentes para cada uma. Da Rádio Senado, Hérica Christian RQS 993 e 1006/2019

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