Senado lamenta a morte de Dom Paulo Evaristo Arns — Rádio Senado

Senado lamenta a morte de Dom Paulo Evaristo Arns

Diversos senadores se manifestaram lamentando a morte ocorrida, nesta quarta-feira (14), do arcebispo emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns. Ao longo de 95 anos de vida, o frade franciscano ficou conhecido como um dos brasileiros que lutaram em defesa da democracia e contra a Ditadura Militar de março de 64. A reportagem é de Larissa Bortoni, da Rádio Senado.

14/12/2016, 21h24 - ATUALIZADO EM 14/12/2016, 21h24
Duração de áudio: 01:54

Transcrição
LOC: SENADORES LAMENTARAM A MORTE DO ARCEBISPO EMÉRITO DE SÃO PAULO, O CARDEAL DOM PAULO EVARISTO ARNS. LOC: AO LONGO DE 95 ANOS, O FRADE FRANCISCANO FICOU CONHECIDO COMO UM DOS BRASILEIROS QUE LUTARAM PELA DEMOCRACIA. REPÓRTER LARISSA BORTONI. TÉC: LARISSA - Dom Paulo Evaristo Arns foi um homem ímpar. Lutou pela liberdade e ficou ao lado dos mais pobres. Durante o período mais duro da ditadura militar, o frade protegeu os perseguidos e presos políticos. Foi ainda um dos articuladores da Lei da Anistia, em 1979. Nos 25 anos da anistia, dom Paulo falou à Rádio Senado sobre a participação dele no processo que possibilitou o retorno de cerca de dois mil e quinhentos exilados. (Dom Paulo) o que mais nós temíamos era o derramamento de sangue no Brasil para voltarmos à democracia e a anistia impediu esse ato mais sangrento, mais difícil. (Larissa) Para trazer de volta à pátria um dos exilados, Dom Paulo viajou ao exterior. (Dom Paulo) O momento mais decisivo foi a volta dos presos. Em primeiro lugar a volta dos exilados. Entre eles, o professor Paulo Freire, que eu fui buscar pessoalmente em Genebra. (Larissa) O senador José Aníbal, do PSDB de São Paulo, ressaltou a luta de Arns pela liberdade. (JA) Foi um grande cardeal. Um grande brasileiro da liberdade e da cidadania. (Larissa) A senadora Regina Souza, do PT do Piauí lembrou de como Dom Paulo gostava de ser chamado. (Regina) Como padre, bispo e cardeal, lutou pela liberdade e ficou ao lado dos trabalhadores e dos oprimidos, combateu em defesa dos direitos humanos, mas foi, sobretudo, exatamente como gostaria de ser lembrado: um amigo do povo. (Larissa) Em nota, o presidente do Senado Renan Calheiros destacou a luta do arcebispo emérito de São Paulo contra os abusos da ditadura. Da Rádio Senado, Larissa Bortoni.

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