Senado deve analisar projeto que combate o bullying em escolas
Comemorado em 7 de abril, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e a Violência nas Escolas marca a tragédia de Realengo, quando 12 estudantes foram assassinados por um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, em 2011. De acordo com a polícia, o atirador, que cometeu suicídio após o atentado, pode ter sido vítima de bullying. O plenário do Senado deve analisar uma proposta (PLC 171/2017) para conscientizar os alunos e estabelecer uma cultura de paz nas escolas. A ideia é que as instituições de ensino tenham ações permanentes de combate ao bullying e outros tipos de violência. A relatora, senadora Simone Tebet (PMDB-MS) lembrou que as medidas devem envolver toda a sociedade.
Transcrição
LOC1: O SENADO DEVE ANALISAR UMA PROPOSTA PARA QUE AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO TENHAM AÇÕES PERMANENTES DE PREVENÇÃO E COMBATE À VIOLÊNCIA.
LOC2: SETE DE ABRIL É A DATA QUE LEMBRA O COMBATE AO BULLYING E À VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS. REPÓRTER MARCIANA ALVES.
TÉC: A data lembra o massacre de Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011, quando um ex-aluno invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, e atirou contra os estudantes, deixando 12 mortos, e em seguida cometeu suicídio. De acordo com a polícia, havia indícios que o atirador era vítima de bullying. Uma pesquisa sobre violência nas escolas feita pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais em parceria com o Ministério da Educação mostra que 69% dos jovens afirmam terem visto algum tipo de agressão no ambiente escolar. Realidade que preocupa o senador Pedro Chaves, do PRB de Mato Grosso do Sul. Para ele, é preciso que a legislação garanta formas de reprimir esses casos.
(Pedro Chaves) Como educador, sei exatamente desse problema, que é muito grave. Tenho notado inúmeras denúncias na televisão, de violência dentro das escolas. É necessário que haja realmente uma lei que possa coibir esse tipo de ação, que é muito negativa.
(Repórter) Uma proposta já aprovada na Comissão de Educação determina que as instituições de ensino promovam ações permanentes de prevenção e combate a todos os tipos de violência, além de estabelecer medidas para a criação da cultura de paz nas escolas. Para a relatora, senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul, o projeto pode reforçar a lei de combate ao bullying, mas as ações devem envolver toda a sociedade e ir além do ambiente escolar.
(Simone Tebet) Implantar de uma forma muito tranquila dentro da escola, com envolvimento não só dos professores e alunos, mas também dos pais e da sociedade, formar a criança e o cidadão do futuro para uma consciência de paz e não de violência.
(Repórter) A proposta teve origem na Câmara dos Deputados e aguarda o recebimento de emendas para ser analisada pelo plenário do Senado. Da Rádio Senado, Marciana Alves.