Senado derruba decisão do STF e garante retorno de Aécio Neves ao mandato — Rádio Senado
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Senado derruba decisão do STF e garante retorno de Aécio Neves ao mandato

O Plenário do Senado decidiu, nesta terça-feira (17), por 44 votos a 26, em votação aberta e nominal, rejeitar a decisão da primeira turma do Supremo Tribunal Federal de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e mantê-lo em recolhimento noturno.  Aécio foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva e obstrução de justiça, com base em delações premiadas da empresa J&F. O senador ficou afastado de 26 de setembro até esta terça-feira (17).

17/10/2017, 20h27 - ATUALIZADO EM 17/10/2017, 20h49
Duração de áudio: 02:25
Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Por 44 votos contra 26, Plenário derruba a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e mantê-lo em recolhimento noturno (OFS 70/2017). 

Senadores à bancada durante votação.


Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADO DERRUBOU A DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E GARANTIU O RETORNO DE ÁECIO NEVES AO MANDATO. LOC: FORAM 44 VOTOS PELA REJEIÇÃO DA DECISÃO DO STF E 26 A FAVOR. OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: Dos setenta e um senadores presentes na sessão, 44 decidiram rejeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, do mandato. Antes da votação, os parlamentares foram à tribuna para fazer discursos contrários e a favor da decisão da primeira turma do STF. Ao defender o voto sim e a decisão do Supremo pelo afastamento, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, explicou que o que estava em jogo eram as acusações que pesam sobre Aécio Neves. E por isso, na avaliação dele, não caberia uma decisão contrária do Senado ao andamento do processo que corre no Supremo contra o parlamentar. Randolfe Rodrigues destacou a necessidade de igualdade de direitos entre os cidadãos: (Randolfe) “Vamos estar ofendendo também outro princípio, porque têm aqueles cidadãos que sofrem decisão judicial e não terão a prerrogativa que nós parlamentares temos de buscar um acolhimento para revogar essa decisão judicial na nossa casa legislativa”. (REP) Já o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, que mesmo licenciado por motivos de saúde compareceu à votação, pediu que o Senado rejeitasse a decisão do Supremo argumentando a defesa da democracia e o mandato inviolável previstos na Constituição Federal. (Jucá) Nós não estaremos livrando da investigação não estaremos tirando a capacidade de investigação.. mas estamos dizendo que o mandato é inviolável. (REP) Já com os 44 votos favoráveis no painel, o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, protestou contra a decisão ao dizer que falta isonomia nas decisões. (HUMBERTO) Com certeza se fosse alguém do PT certamente já teria sido cassado. (Rep) O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, do Ceará, comemorou a decisão, que, segundo ele, faz justiça. (TASSO) É impossível e todo o critério é esse que uma pessoa, um senador ou qualquer que seja, seja condenado sem sequer ser condenado, sem direito de defesa. (Rep) Com a decisão do plenário do Senado, o senador Aécio Neves volta ao mandato parlamentar e a ter acesso ao passaporte. O recolhimento domiciliar durante a noite também será suspenso. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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