Senado começa o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff nesta quinta-feira — Rádio Senado
Impeachment

Senado começa o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff nesta quinta-feira

24/08/2016, 18h54 - ATUALIZADO EM 24/08/2016, 18h54
Duração de áudio: 02:50
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADO COMEÇA NESTA QUINTA-FEIRA O JULGAMENTO DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF, QUE SÓ DEVERÁ SER CONCLUÍDO NA MADRUGADA DA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA. LOC: APENAS LÍDERES PRÓ-IMPEACHMENT FARÃO PERGUNTAS NA PRIMEIRA ETAPA. ALIADOS DA PETISTA VÃO QUESTIONAR AS OITO TESTEMUNHAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) A última etapa do processo de impeachment contra Dilma Rousseff terá início nesta quinta-feira com o interrogatório das testemunhas da acusação. No mesmo dia e na sexta, será a vez das de defesa. Entre pergunta, resposta, réplica e tréplica, cada senador terá doze minutos para cada interrogado. Na tentativa de concluir a última etapa na terça-feira, com a votação do futuro político da presidente afastada, apenas as lideranças partidárias pró-impeachment deverão fazer perguntas. Segundo o líder do PV, senador Alvaro Dias, do Paraná, o acordo não impedirá que outros parlamentares contrários a Dilma participem do interrogatório. (Alvaro Dias) Não há o desejo de cercear o direito de indagar dos senadores. O que há é uma recomendação para que se limite a quantidade dos que questionarão, evitando desta forma a repetição de perguntas, uma vez que todas as perguntas já foram formuladas durante os trabalhos da Comissão Especial. (Repórter) Antes do início do interrogatório, os aliados de Dilma deverão apresentar mais de dez questões de Ordem, que são questionamentos sobre o processo. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, terá que responder a cada uma após debate entre os senadores. A líder do PC do B, senadora Vanessa Grazziotin, do Amazonas, negou qualquer tentativa de atrasar o início do julgamento. Mas confirmou que os 21 aliados de Dilma vão interrogar uma a uma das testemunhas. Vanessa avisou que vão discutir a prerrogativa do presidente do Supremo de vetar perguntas repetidas. (Vanessa Grazziotin) O presidente Lewandowski disse que não vai permitir questionamentos iguais, repetição. É algo muito complexo, subjetivo. Creio que não vai haver como limitar os questionamentos. Agora de nossa parte, procuraremos fazer questionamentos diferenciados, o que não nos impedirá de não satisfeito com determinada resposta, senador ou senadora repetir o que já foi feito. (Repórter) Ao afirmar que acompanhará a sessão, já que o comando será do presidente do Supremo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, ressaltou que todo o processo seguiu rigorosamente a lei do impeachment, o Código de Processo Penal e o caso do ex-presidente Collor. (Renan Calheiros) Esse é um processo constitucional e terá que acontecer na forma da lei levando em consideração o precedente de 92. E o Senado está absolutamente consciente e convencido da grandeza do seu papel constitucional e vai fazer a sua parte. (Repórter) Na segunda-feira, Dilma Rousseff será interrogada pelo presidente do Supremo, pelos senadores e pelos advogados. A votação final será na terça-feira.

Ao vivo
00:0000:00