Senado aprova a liberação do uso da aviação agrícola no combate a incêndios — Rádio Senado
Meio Ambiente

Senado aprova a liberação do uso da aviação agrícola no combate a incêndios

O Plenário do Senado aprovou o PL 4.629/2020 do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) que autoriza o uso da aviação agrícola no combate a incêndios em florestas e campos. Hoje, essas aeronaves atuam na pulverização e fertilização de lavouras. Fávaro destacou que, nos períodos de entressafra, seca e queimadas, os aviões ficam parados. Segundo ele, além de garantir um reforço no combate aos incêndios, essa proposta vai gerar renda para os pilotos, que terão treinamento específico. O relator, senador Diego Tavares (PP-PB), explicou que os governos vão economizar porque farão contratações emergenciais no período de seca, sem necessidade de comprar aeronaves. O projeto agora será votado pela Câmara dos Deputados. As informações são da repórter Hérica Christian.

01/10/2020, 19h36 - ATUALIZADO EM 01/10/2020, 19h36
Duração de áudio: 02:16
Avião apagando queimada.
semagro.ms.gov.br

Transcrição
LOC: PLENÁRIO DO SENADO APROVA O PROJETO QUE PERMITIRÁ O USO DE AERONAVES AGRÍCOLAS NO COMBATE A INCÊNDIOS. LOC: PELA PROPOSTA, OS GOVERNOS PODERÃO CONTRATAR OS SERVIÇOS DE FORMA EMERGENCIAL NA ÉPOCA DAS QUEIMADAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: O Brasil possui a segunda maior frota aeroagrícola do mundo com 2,3 mil aeronaves. De autoria do senador Carlos Fávaro, do PSD de Mato Grosso, o projeto permite o uso da aviação agrícola no combate a incêndios em todos os tipos de vegetação, a exemplo de campos e florestas. Hoje, essas aeronaves atuam na pulverização de agrotóxicos e na aplicação de fertilizantes nas lavouras. Ao citar incêndios em outros biomas, como na Amazônia, Mata Atlântica e Pampa, Carlos Fávaro ponderou que esses aviões podem acessar locais difíceis e lembrou que ficam parados na época da entressafra marcada pela seca e queimadas. Carlos Fávaro argumentou que essa regulamentação vai impedir desastres como o do Pantanal. (Fávaro) O nosso estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o nosso Pantanal, que está queimando de forma muito desordenada, está utilizando essas aeronaves. Mas precisa ter uma política pública que incentive para que coloquemos mais e mais aviões à disposição dos incêndios florestais e que isso seja uma política pública brasileira para todos os anos. REP: Pelo projeto, os governos poderão fazer contratações emergenciais dos aviões agrícolas por horas voadas ou por plantão. O relator, senador Diego Tavares, do PP da Paraíba, prevê a exigência de que as aeronaves atendam às normas técnicas definidas pelas autoridades competentes e de treinamento específico para os pilotos. E citou a agilidade do combate aos incêndios para evitar tragédias futuras. (Diego) O uso da aviação agrícola permitirá respostas muito mais rápidas aos incêndios florestais, especialmente em áreas de difícil acesso, como no caso da Amazônia e do Pantanal. A gravidade dos incêndios verificados nesses dois biomas tem, entre suas causas, a demora nas ações de combate, o que, muitas vezes, torna o incêndio incontrolável. O uso de aeronaves, portanto, revela-se altamente precioso para controlar os incidentes antes que se propaguem de maneira irrefreável. REP: O uso desses aviões em combate a incêndios conta com o apoio dos Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, além de representantes do setor de aviação agrícola. Aprovado pelo Senado, o projeto segue para votação na Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Hérica Christian. PL 4629/2020

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